quinta, 18 de abril de 2024

Mãe disse que o marido planejou matar o menino e toda a família.

Suspeito de matar o próprio filho foi preso em flagrante e indiciado.

03 janeiro 2012 - 14h50
G1

O corpo do bebê de um ano e dois meses, que foi assassinado pelo próprio pai com golpes de canivete, foi sepultado no final da tarde desta segunda-feira (2), na cidade de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. O velório e o enterro foram acompanhados por moradores e familiares que estavam revoltados com a morte do menino.

O pai foi preso em flagrante por suspeita de desferir 12 golpes de canivete contra o filho, na noite do último domingo (1º), na casa onde eles viviam, na cidade de Campo Novo do Parecis. O homem de 29 anos deve responder pelos crimes de ameaça, homicídio qualificado e resistência à prisão. Se condenado, o suspeito pode pegar mais de 30 anos de prisão caso seja condenado pela Justiça.

O crime teria ocorrido após uma discussão entre o pai e a mãe da criança. A mulher, que teria sido agredida, fugiu para a casa de um vizinho e depois chamou a polícia. Em seguida, o suspeito fez o próprio filho refém. O homem só foi preso após cerca de quatro horas de tentativa de negociação com a Polícia Militar e familiares.

Durante todo este tempo, o suspeito ficou trancado na casa com a luz apagada. Só estavam na residência o pai e a criança e, conforme a polícia, não era possível vê-los do lado de fora, apenas conversar com o suspeito que resistiu à prisão por horas. A criança ainda foi encontrada com vida pelos policiais. Ela chegou a ser levada para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em entrevista à TV Centro América, Raquel de Lourdes da Silva, mãe da criança, afirmou que o marido planejou o assassinato do filho. "Ele já vinha planejando isso há dias. Ele queria me matar e os dois filhos e dizia que ele ia se matar depois", revelou.

A mãe da criança disse ainda que depois que fugiu de casa não conseguiu mais voltar. “Eu só escutava ele (o bebê) gemendo. Eu me desesperei e corri. Os policiais me pegaram e não me deixaram nem entrar mais na casa”, explicou. Ela completou dizendo que depois disso só viu o filho sendo carregado pelos policiais. “Quando eles saíram de lá, já vieram com o bebê morto”, finalizou.

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