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Dólar volta a fechar acima de R$ 4, em novo dia de preocupações com China

Dólar volta a fechar acima de R$ 4, em novo dia de preocupações com China

08 janeiro 2016 - 07h30Por G1
O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (7), mantendo o patamar acima de R$ 4, em mais um dia marcado por intensas preocupações com a economia chinesa nos mercados globais após nova desvalorização do iuan derrubar as bolsas do país. Essas incertezas levam os mercados a procurarem ativos considerados mais seguros – como o dólar –, fazendo a cotação da moeda subir.

A moeda norte-americana subiu 0,77%, a R$ 4,0525. Na máxima desta sessão, a moeda norte-americana subiu mais de 1% e atingiu R$ 4,0745.

Este foi o maior valor de fechamento desde setembro de 2015, quando, no dia 29, o dólar fechou a R$ 4,0591. Nos primeiros dias de 2016, a moeda acumulou alta de 2,65%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:


Às 9h09, subia 0,89%, a R$ 4,0575.

Às 9h59, subia 0,65%, a R$ 4,0478.

Às 10h19, subia 0,98%, a R$ 4,061.

Às 10h59, subia 0,83%, a R$ 4,0548.

Às 11h40, subia 0,81%, a R$ 4,0543.

Às 12h29, subia 0,68%, a R$ 4,049.

Às 13h30, subia 0,55%, a R$ 4,0435.

Às 14h09, subia 0,16%, a R$ 4,028.

Às 15h03, subia 0,75%, a R$ 4,0517.

Às 15h40, subia 0,71%, a R$ 4,05.

Às 16h52, subia 0,66%, a R$ 4,0480.

De acordo com a agência Reuters, o governo chinês permitiu que o iuan se desvalorize mais rapidamente, alimentando preocupações com a possibilidade de a segunda maior economia do mundo estar mais fraca que o esperado. Além disso, investidores temem que o gigante asiático possa provocar uma disputa de desvalorização cambial entre seus parceiros comerciais.

"As autoridades chinesas parecem perplexas e, com a falta de transparência, os mercados tendem a reagir com força a qualquer sinal de fraqueza", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

O tombo das ações chinesas ativou um mecanismo de "circuit breaker", suspendendo as negociações pelo resto do dia pela segunda vez nesta semana.

A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e serve de referência para investidores em mercados emergentes. Outras moedas latino-americanas, como o peso mexicano, também perdiam terreno nos negócios desta quinta.

"O tema deste início de ano é China, e o Brasil é particularmente vulnerável por causa da incerteza política", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.

No mercado local, operadores continuavam buscando pistas sobre a estratégia do governo para lidar com a crise econômica. Muitos operadores entenderam a substituição de Nelson Barbosa por Joaquim Levy como ministro da Fazenda como um sinal de que o ajuste fiscal deve ser afrouxado.

Interferência do BC

Nesta manhã, o Banco Central deu seguimento ao seu programa diário de interferência no câmbio, e realizou mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 2,263 bilhões, ou cerca de 22% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.

Com a disparada do dólar em 2015, o Banco Central registrou prejuízo recorde com as operações de intervenção no câmbio: R$ 89,66 bilhões. Para atenuar o sobe e desce do dólar no mercado à vista, o BC usa contratos de "swaps cambiais" – instrumentos que equivalem a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.

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