O relator especial da ONU para a liberdade de expressão, David Kaye, emitiu nessa terça-feira (1º) um comunicado aos paÃses para que tomem medidas de proteção que garantam a segurança dos profissionais da comunicação.
"Os ataques a jornalistas e as ameaças a sua segurança têm várias formas: atentados a sua integridade fÃsica, interferência na confidencialidade de suas fontes e acosso mediante vigilância, para citar apenas algumas", disse.
O relator considerou particularmente preocupantes as crescentes ameaças à segurança digital dos jornalistas, posta à prova com bloqueios de páginas da internet e leis que proÃbem ou limitem a codificação de mensagens.
De acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas, 52 profissionais dos meios de comunicação foram assassinados este ano e, na maioria dos casos, os governos não tomaram as medidas para responsabilizar os criminosos.
Segundo dados da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), entre maio de 2013 e setembro de 2016, foram contabilizados 300 casos de agressões a jornalistas durante a cobertura de manifestações. Policiais, guardas municipais, guardas legislativos e seguranças privados foram responsáveis por 224 violações.
Em 18 de dezembro de 2013, a Assembleia Geral da ONU aprovou a primeira resolução relativa à segurança dos jornalistas e à impunidade, condenando todo tipo de ataques contra os trabalhadores dos meios de comunicação e proclamando o dia 2 de novembro como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.