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Vacinação contra gripe termina dia 25; adesão de gestantes é baixa

Vacinação contra gripe termina dia 25; adesão de gestantes é baixa

18 maio 2012 - 13h50
Folha


A Secretaria Saúde encerra na próxima sexta-feira (25), daqui uma semana, a campanha de vacinação contra a gripe no Estado de São Paulo, mas a adesão de gestantes ainda é baixa --apenas 36,8% delas receberam a vacina.

Desde o último dia 5 foram vacinados mais 2,7 milhões de paulistas, segundo balanço da Secretária. 47,5% das crianças entre seis meses e menores de dois anos de idade tomaram a dose.

A campanha também vale para trabalhadores da área da saúde, indígenas e população carcerária.

Em números absolutos foram vacinados 426,2 mil crianças entre seis meses e dois anos, 1,97 milhão de idosos e 165,3 mil gestantes.

A meta da Secretaria é vacinar 5,3 milhões de paulistas até o fim da campanha, número correspondente à meta de 80% dos 6,6 milhões de pessoas que compõem o público-alvo da campanha.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, a campanha também irá proteger a população contra outros dois tipos do vírus influenza: A H3N2 e B.

Na campanha, mais de 7.000 postos do Estado estão preparados para dar a vacina, entre fixos e volantes. Outros 3.500 mil veículos, 32 ônibus e cinco barcos também prestam o atendimento à população. Ao todo serão 41,6 mil profissionais da área da saúde, estaduais e municipais, envolvidos na ação.

Os postos de saúde abrem das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Na capital paulista, as salas de vacina das rodoviárias do Tietê e da Barra Funda também abrem aos sábados e domingos, das 8h às 20h.

As crianças paulistas entre seis meses de idade e menores de dois anos deverão tomar duas doses da vacina contra a gripe. A segunda dose deverá ser aplicada um mês após a primeira.

A medida vale para crianças que estiverem participando pela primeira vez da campanha de imunização, neste ano. Crianças que já foram levadas aos postos de saúde na campanha de 2011 só precisarão receber uma dose neste ano.


PRINCIPAIS PERGUNTAS

Quem pode se vacinar?
A vacina estará disponível nos postos de vacinação do SUS para a população a partir dos 60 anos, além dos trabalhadores das unidades de saúde que fazem atendimento para a influenza, crianças da faixa etária de 6 meses a menores de 2 anos, gestantes, povos indígenas, população prisional e pacientes com comorbidades, mediante indicação médica, conforme as indicações do CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais).

Por que o ministério priorizou estes grupos?
Evidências epidemiológicas indicam que alguns grupos populacionais são mais susceptíveis às doenças respiratórias com a possibilidade de adoecer, desenvolver complicações e morrer pela doença.

A vacinação de grávidas é feita em qualquer idade da gestação?
Sim. Essa vacina é indicada para qualquer idade gestacional.

Quem se vacinou no ano passado, precisa se vacinar de novo?
Sim. Após a vacina, a imunidade dura de 6 a 12 meses. Também a composição da vacina e produção é anual conforme os vírus que circularam no ano anterior.

Quantas doses da vacina a criança precisa receber?
Crianças vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses, com 30 dias de intervalo. Já as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina em 2011 deverão tomar apenas uma dose neste ano.

Fora do período da campanha é possível se vacinar?
Não. Após a campanha, só serão vacinadas a população prisional e pessoas que apresentem condições clínicas especiais nos CRIE.

Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
Em adultos saudáveis, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas após a vacinação, com duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre depois de 4 a 6 semanas após a vacinação.

Vou ficar gripado (a) após me vacinar?
Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina. Na época em que a vacina é aplicada, circulam diversos vírus respiratórios diferentes --que não o da gripe em questão--, e as pessoas podem adquiri-los, pois não estão imunizadas especificamente contra cada um deles.

Há alguma contraindicação?
A vacina não é recomendável para quem tem alergia à proteína do ovo, a quem teve reações adversas a doses anteriores ou a um dos componentes da vacina. Nestas situações recomendamos avaliação do medico assistente para maiores orientações.

Quais os meios de transmissão?
A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Quais os sintomas da doença?
Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaleia.

Quanto tempo após a vacinação as pessoas podem doar sangue?
É orientado que sejam tornados inaptos temporariamente, pelo período de quatro semanas, os candidatos elegíveis à doação que tiverem sido vacinados contra influenza.

É obrigatório apresentar a caderneta de vacinação?
Não é obrigatório apresentar a caderneta de vacinação, mas é necessária para atualização de outras vacinas do calendário de vacinação.

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