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Facção

Após morte de chefe de facção e noite de medo, mais um é executado

08 agosto 2017 - 13h49
Um homem foi morto a tiros no final da manhã desta terça-feira (8) no conjunto Novo Amarante, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. A vítima usava tornozeleira eletrônica, mas ainda não foi identificada. A Polícia Militar disse que ainda não tem pistas dos assassinos.

Este é o terceiro homicídio registrado na cidade desde a execução de um dos chefes de uma facção criminosa que disputa o domínio do tráfico de drogas no Rio Grande do Norte. Eduardo Rodrigues, o Eduardinho do Mosquito, morreu na noite do domingo (6).

Eduardo levou mais de 10 tiros dentro de um carro, momento em que trafegava pela BR-101 Norte, em São Gonçalo do Amarante. A namorada dele, que dirigia o veículo, foi ferida no braço, mas conseguiu socorrê-lo até um hospital. Porém, ele morreu antes de ser atendido. Eduardo era irmão do traficante Joel Rodrigues da Silva, o Joel do Mosquito, que comandava o comércio de entorpecentes no bairro das Quintas, Zona Oeste de Natal.

Em 2015, Eduardo e Joel foram presos em uma operação do Ministério Público que investigava um esquema milionário de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Poucos dias depois, Joel foi encontrado morto dentro da Cadeia Pública de Natal.

Já Eduardo, foi beneficiado com prisão domiciliar em janeiro, em meio às rebeliões que vitimaram 26 detentos em Alcaçuz, maior penitenciária do estado. A polícia informou que Eduardo voltada da Favela do Mosquito, que fica nas Quintas, quando o veículo em que ele estava foi perseguido. Ela havia ido visitar a mãe, que está doente.

Represália
Na mesma noite da morte de Eduardinho, duas pessoas foram assassinadas a tiros no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante. A polícia suspeita que Daniel Pereira da Silva, de 24 anos, e Carlos Alexandre Lemos, de 25, tenham sido vítimas de uma represália por causa da morte de Eduardo Rodrigues.

"Pode ter sido uma retaliação? Pode. No momento em que foram mortos, vizinhos disseram ter ouvido os assassinos gritarem o nome da facção da qual o Eduardo fazia parte. Estamos investigando isso", afirmou o delegado Marcos Vinícius, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ainda de acordo com o delegado, Daniel e Carlos Alexandre foram assassinados em endereços diferentes, mas próximos um do outro. O primeiro foi morto dentro de uma casa na rua Santa Margarida Maria. O segundo, foi baleado e tombou no meio da rua Padre Cícero.

Noite de pavor
Não bastasse a morte do chefe da facção, e os dois assassinatos ocorridos logo em seguida, os moradores de São Gonçalo do Amarante tiveram mais uma noite angustiante. Foi nesta segunda, quando criminosos trocaram tiros pelas ruas do Golandim. Não houve mortes, mas a vizinhança ligou várias vezes para a polícia assustado com o barulho dos tiros.

"Mandamos algumas viaturas para o bairro, e passamos a noite lá, para tranquilizar os moradores", disse o tenente-coronel Júlio César Vilela, assessor de comunicação da PM. "Quando chegamos não houve mais confrontos. Fizemos algumas revistas, mas não prendemos ninguém. Nossa missão foi marcar presença, dar sossego à população.

g1

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