terça, 16 de abril de 2024
Tráfico

Barão do tráfico na fronteira com MS sai da cadeia um ano após ser preso

08 setembro 2017 - 14h19
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Felipe Barão Escurra Rodríguez, um dos maiores narcotraficantes da fronteira Brasil-Paraguai, ficou menos de um ano preso e foi solto nesta semana pela justiça do país vizinho. Procurado no lado brasileiro por tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro, Barão é considerado o principal fornecedor de maconha na região de Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.

O narcotraficante tinha sido preso em agosto do ano passado após intensa troca de tiros com agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, em Pedro Juan Caballero, capital do departamento (equivalente a estado) de Amambay. A liberdade de Barão foi determinada pelo juiz Leongino Benítez, do Tribunal Penal de Garantias de Capitán Bado.

Jornalista – Além de comandar a remessa de maconha produzida no Paraguai para o Brasil, Felipe Rodríguez é suspeito de ter planejado, em 2012, o assassinato do jornalista Cándido Figueredo Ruiz, que vive há vários anos protegido por policiais armados com armas automáticas por ser jurado de morte pelo crime organizado. Segundo o jornal ABC Color, a liberdade de Barão é inexplicável.

Em setembro de 2012, a polícia sul-mato-grossense interceptou conversas entre Barão e um criminoso identificado como José Marcelo da Silva, que estava preso em Campo Grande. No diálogo, Barão reclamava das constantes reportagens de Figueredo sobre suas atividades criminosas e dizia que assim que tivesse mais dinheiro mandaria matar o jornalista.

"Sabe o que colocou no jornal? Que eu tenho avião, trazendo coisa da Bolívia. Agora só tenho uma caminhonete, a polícia está o tempo todo atrás de mim. A hora que tiver mais dinheiro, mando bala nesse filho da p...", disse Barão no diálogo gravado pela polícia.

Na época, o então governador de Amambay, Juan Ramirez, disse que as reportagens de Cándido Figueredo havia causado problemas aos negócios criminosos de Barão e sua quadrilha, por isso planejaram seu assassinato. Naquele ano, o Comitê para Proteção de Jornalistas pediu às autoridades paraguaias e brasileiras que garantissem a vida do jornalista.

Barão também é acusado de ter ordenado a morte do presidente da Câmara de Capitán Bado, Epifanio Palacios, e outras duas pessoas, em 6 de março de 2008. O ataque foi uma retaliação ao atentado a tiros ocorrido quatro dias antes, que deixou mortos um irmão dele e seis homens que trabalhavam para o traficante.

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