Novo processo na Justiça vai cobrar reabertura do lixão para catadores
Decisão foi tomada depois de Solurb e Prefeitura não entrarem em acordo
29 março 2016 - 12h09Por Fonte: correiodoestado
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul vai ajuizar nova ação pela reabertura da área de transição do aterro sanitário de Campo Grande. Isto porque Prefeitura e Solurb não conseguiram entrar em acordo depois de reunião na segunda-feira (28).
O defensor público Amarildo Cabral, com atuação na área do Meio Ambiente, pontuou que nesta primeira fase serão colhidas as declarações a serem utilizadas na ação.
Ele estima que na próxima semana já seja possível organizar o retorno dos catadores para a área de transição. "Até resolver a problemática da coleta seletiva".
Essa fase de declaração contou com participação de cinco representantes e do vereador Marcos Alex (PT). A intenção é corrigir possíveis falhas que tenham ocorrido em processo anterior, além de garantir a renda dos catadores.
Sobre a reunião de ontem, um dos representantes dos catadores, Junior Brayam disse ter tido a impressão que a Solurb quer extinguir a classe dos trabalhadores que atuam com materiais recicláveis.
O presidente do Fórum Municipal de Cidadania, Carlos Cobalchini pontuou que realmente é necessário esse novo acesso à área de transição até que o cronograma de coleta seletiva seja cumprido em todos os bairros da cidade.
"A impressão que se tem é que querem acabar com a identidade do trabalhador e a rejeição deles as propostas feitas pela Solurb é que para os catadores tudo o que depender da Solurb será precarizante".
ENTENDA O CASO
Para amenizar a situação dos catadores, a CG Solurb, concessionária que administra a coleta e tratamento do lixo de Campo Grande, ofereceu emprego formal a 200 trabalhadores de recicláveis para trabalharem na Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR). A proposta foi recusada por todos os catadores. A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (28), no Ministério Público do Trabalho (MPT) entre catadores, prefeitura e Solurb.
O problema é que são cerca de 400 catadores que ficaram sem renda depois que o acesso ao lixão foi fechado após decisão judicial.