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Vingança

Oficial premeditou morte do marido para se vingar de traições, diz MP

Oficial premeditou morte do marido para se vingar de traições, diz MP

20 julho 2016 - 08h45Por DouradosNews
Presa desde o último dia 12 de julho depois de matar o marido major da PM Valdeni Lopes Nogueira, a tenente-coronel Itamara Romeiro premeditou o homicídio que teria sido cometido para se vingar das traições do marido. Essa foi a conclusão do Ministério Público Estadual (MPE), que ontem se manifestou sobre o caso e pediu à Justiça que Itamara responda o processo em liberdade, concordando com o pedido da defesa.

Na manifestação assinada pelo promotor Gerson Eduardo de Araujo, a qual o Portal Correio do Estado teve acesso, consta que o pedido de revogação de prisão preventiva deve ser aceito pela Justiça porque a tenente-coronel é ré primária, tem profissão e residência fixa em Campo Grande.

Ainda segundo o promotor, Itamara tem o direito de responder em liberdade pelo crime.

Para justificar a avaliação, Gerson detalha o caso com base no que a Polícia Civil apurou até agora e pelo depoimento da oficial. Segundo o MP, a versão apresentada por Itamara merece ressalvas porque laudos de exames de corpo de delito dela e de Valdeni ainda não ficaram prontos e porque nem todos os familiares, incluindo a filha do casal de 13 anos, foram ouvidos.

Mesmo assim, o promotor afirma que pelo apurado até agora Itamara agiu para se vingar do marido. "Impelida pelo sentimento de ódio, premeditou o crime de homicídio para se vingar das relações extraconjugais que a vítima manteve durante a convivência do casal".

No documento, o MP também ressalta que pelo treinamento da oficial, ela poderia ter atirado apenas uma vez e atingido parte menos vital de Valdeni. Segundo a Polícia Civil, a tenente-coronel atirou duas vezes contra o major, mas só um tiro atingiu o abdômem da vítima.

Finalizando a justificativa, o promotor Gerson afirma que não há provas concretas de que Itamara, se for solta, trará riscos a ordem pública.

Se a Justiça concordar com a manifestação do MP, Itamara será solta, mas deverá cumprir medidas cautelares que proíbem a saída dela da cidade pelo prazo superior a 8 dias e deverá comparecer na Justiça a cada dois meses.

O processo é analisado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.

O CASO

No dia do crime, a briga entre os dois começou porque o major desistiu de viagem de férias do casal. Ela estava marcada para o dia seguinte. Segundo versão de Itamara, ele não apresentou justificativa para a desistência e, durante a briga, começou a agredi-la com socos no rosto e braços.

Além das agressões, Valdeni Lopes teria dito que pegaria arma no carro e que atiraria na cabeça da esposa. Nesse momento, ela fez dois disparos contra ele. Valdeni foi socorrido e levado até a Santa Casa, mas não resistiu.

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