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Piloto desaparecido há 13 dias pode ter sido aliciado para o tráfico

Piloto desaparecido há 13 dias pode ter sido aliciado para o tráfico

28 dezembro 2015 - 08h45
Após ouvir amigos do piloto agrícola Reverson Luis Bonan, de 38 anos, além de averiguar denúncias que chegaram ao conhecimento da família, a Polícia Civil já possui hipóteses para o sumiço da vítima, registrado no dia 13 de dezembro deste ano. Ao portal G1 o delegado Jarley Inácio de Souza, titular da 1ª Delegacia de Ponta Porã, cidade localizada na fronteira com o Paraguai, disse que as hipóteses vão desde o assédio para o tráfico de drogas, como um possível desentendimento que não tem nada a ver com a profissão de Reverson.

"Ainda não temos uma certeza sobre o que realmente aconteceu. As buscas estão em andamento, mas temos a hipótese de um assédio ou sequestro por tráfico de drogas. Temos relatos de pilotos que recebem propostas para transportar droga nesta região de fronteira, é algo comum por aqui. Alguns aceitam por medo, outros não aceitam e existem ainda aqueles que aceitam e depois são mortos por conta de algum desentendimento", afirmou o delegado.

Ainda conforme Jarley, para a família a vítima informou que pegaria um voo no outro dia. No entanto, ele não disse em qual cidade estava.

Reverson atuava como free lancer tanto em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, como em São Paulo, Paraná e o Rio Grande do Sul. "Ele pode ter sumido a bordo da aeronave ou então em solo. O fato é que se ele estivesse com a aeronave de algum fazendeiro, esta pessoa provavelmente já teria registrado uma ocorrência de sumiço ou até mesmo furto do veículo", explicou o delegado.

Além disso, o delegado diz que a polícia também analisa a possibilidade dele ter alguma inimizade fora da profissão. "A família recebeu algumas denúncias e inclusive fatos com intenção de despistar a nossa investigação. Mas já temos bastante informações e estamos tentando verificando até a hipótese dele estar em território estrangeiro", finalizou o delegado.

Entenda o caso

O piloto está desaparecido desde o dia 13 de dezembro deste ano, conforme a Polícia Civil. O último plano de voo dele ocorreu em Ponta Porã. Entre outras medidas, a polícia também busca o rastreamento do aparelho celular da vítima. A esposa do piloto, a produtora de eventos Adriana Cristina da Silva, de 35 anos, comentou que conversava com o esposa, pelo WhatsApp, no dia do sumiço.

"Ele fez seis voos em Ponta Porã e depois não deixou vestígio. Naquele dia, estávamos conversando há mais de uma hora, quando ele disse que tinha ferido a costela. Eu não entendi muito bem aquilo, mas orientei ele a buscar socorro. Depois, não houve mais contato", explicou Silva.

Casados há três anos e com um filho de pouco mais de um ano, Cristina diz que os parentes estão apreensivos. O último contato ocorreu às 22h13 naquele dia, quando o piloto enviou uma mensagem de texto pelo celular, dizendo que estava bem, porém o local não havia internet e isto estava dificultando o contato.

"O pai dele fica entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso buscando notícias. E o nosso filho não para de chamar pelo pai. Meu desespero maior é esse, pois a criança sentindo falta. Meu esposo também dizia estar com muitas saudades, sendo que dia 20 ele já estaria de folga", lamentou.

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