Quadrilha escolhia vÃtimas idosas e de outros estados para golpe do falso frete
01 setembro 2017 - 14h38
A quadrilha que aplicava o golpe do falso frete para atrair e roubar caminhoneiros em Campo Grande escolhia a dedo as vÃtimas, que em sua maioria eram idosos e de outros estados. Duas pessoas foram presas nesta sexta-feira (1°) suspeitas de envolvimento no crime. Outros três comparsas já estavam presos em unidades de detenção da cidade, de onde comandavam as ações.
O tenente-coronel Marcus Pollet, do BPChoque (Batalhão de Choque da PolÃcia Militar), explica que os agentes da corporação localizaram os envolvidos a partir da forma como eles agiam, desconfiando de "velhos conhecidos" das forças de segurança.
Dessa forma, o primeiro a ser monitorado e encontrado foi Erickson Velasques Ferreira, 29 anos. Ele estava na casa de uma mulher não identificada na Vila Piratininga, confessou envolvimento nos roubos. Disse que era o responsável por anunciar o roubo, usando uma arma de uso restrito roubada.
Eriwelton Cebalho Correa, 21 anos, foi detido em seguida. Ele quem fornecia os armamentos e equipamentos necessários para o sucesso das ações.
Do presÃdio, MaurÃcio Correia de Oliveira comandava o esquema auxiliado por Ricardo de Souza e Emerson Malta Ferreira. Um deles era o responsável pelas funções financeiras da quadrilha e o outro ajudava no que fosse necessário.
Segundo Pollet, os suspeitos contaram que agiam da seguinte forma. Primeiro entravam em contato com as vÃtimas e simulavam contratos de frete para atraÃ-las à Capital. Para dar veracidade à história, eles depositavam um adiantamento na conta dos caminhoneiros. Quando eles chegavam à cidade, eram rendidos, amarrados e deixados em locais ermos enquanto os veÃculos eram levados ao Paraguai e BolÃvia, onde eram trocados por drogas.
O entorpecente, ao ser comercializado, abastecia o "caixa" do bando, que então preparava novos crimes.
Juntos, os cinco integrantes do grupo somam mais de 20 crimes, conforme o BPChoque. A polÃcia acredita que eles façam parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o que deve ser apurado pela PolÃcia Civil. Há indÃcios do envolvimento de mais pessoas nos crimes.
Presos, os suspeitos confessaram pelo menos três golpes do falso frete em Campo Grande. Eriwelton e Erickson estão em uma das celas da Defurv (Delegacia Especializada em Furto e Roubos de VeÃculos).