quinta, 25 de abril de 2024
COVID-19

Ministério consolida orientações para prevenção e tratamento

Texto traz recomendações, como lavar as mãos com desinfetante e álcool

08 abril 2020 - 17h00Por Agência Brasil

O Ministério da Saúde consolidou as orientações sobre prevenção e tratamento no guia Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19. O documento, de quase 400 páginas, reúne as orientações do órgão para as formas de combate à pandemia e deve ser atualizado periodicamente para refletir a evolução da avaliação da pasta sobre o tema. No Brasil foram registradas 800 mortes pela covid-19.

O texto reafirma recomendações já conhecidas, como lavar as mãos com desinfetante e álcool 70%, praticar etiqueta respiratória (como cobrir espirros) e evitar contato com outras pessoas como medidas gerais de prevenção. O documento também recoloca a indicação de procurar atendimento médico se a pessoa apresentar sintomas como febre, tosse e dificuldade de respirar.

Homem produz máscaras caseiras durante a pandemia do novo coronavírus no distrito de Kreuzberg, Berlin, Alemanha - Direitos Reservados/Reuters

Sobre o uso de máscaras, o guia pondera que não há consenso. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não sugere o emprego deste recurso para pessoas assintomáticas. Ele indica essa medida para profissionais de saúde e pessoas com sintomas, enquanto o restante da população pode utilizar máscaras de pano como barreira física, mantendo o cuidado de higienizar as mãos antes e após a remoção.

Isolamento

O isolamento deve ser feito por pessoas com diagnóstico de síndrome gripal, que deverá durar 14 dias, o que inclui qualquer sintoma respiratório, com ou sem febre. Contudo, para o diagnóstico da covid-19 e procedimentos recomendados, como a procura de atendimento médico, é preciso que o paciente tenha entre os sintomas a febre.

O isolamento vale também para os contatos familiares ou pessoas que moram com o paciente que apresentar os sintomas. Em ambos os casos, o médico deve fornecer atestado médico no período de 14 dias.

O documento reitera que até o momento não há vacina para tratar a covid-19, mas lembra a importância de manter o calendário das vacinas para outras síndromes em dia. É o caso, por exemplo, da campanha em curso de imunização contra a influenza.

Além disso, são colocados protocolos de como os pacientes devem ser tratados no âmbito do ambiente hospitalar, bem como diretrizes aos profissionais de saúde, como o emprego de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), formas de lidar com insumos médicos e equipamentos (como ventiladores e respiradores) de modo a evitar a transmissão do vírus nas unidades de saúde.

Entre os protocolos estão os que orientam as definições dos tipos de caso, como suspeito, confirmado, descartado e excluído. Para isso, são apresentadas diferentes combinações dos sintomas, classificados entre mais comuns (febre, tosse, cansaço e mialgia) e menos comuns (anorexia, produção de escarro, dor de garganta, confusão, dor de cabeça, dor no peito, diarreia e náusea, entre outros).

Entre os procedimentos estão também as investigações em caso de internação de paciente suspeito de covid-19, como: oximetria de pulso, marcadores inflamatórios e teste de laboratório para verificar se é o novo coronavírus (RT-PCR). São abordados também os métodos de triagem e as normas para lidar com fatores de risco dos pacientes, como cardiopatias, diabetes ou pneumopatias.

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