Dia 18 de maio tinha tudo para ser uma sexta-feira qualquer, porém não foi. Ainda de manhã, logo após acordar, Pâmela Gaspar decidiu passear, em companhia de sua filha Emanuelly, naquela data com apenas oito meses de idade. O local escolhido foi a casa da avó da bebê, no Bairro Mústafa, em Batayporã, cidade onde mora.
Ela tentava tossir, mas não conseguia. Começava ali um drama. "Ela não reagia, chacoalhava e nada de voltar, minha filha estava com a boca rocha e eu não sabia o que fazer", conta a mãe. Em seguida, Pâmela ligou para o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
Segundo a mãe, com apenas duas chamadas foi ela atendida. Do outro lado da linha estava o soldado Amilton Gordiano Roque, que estava de serviço no Centro de Operações do Corpo de Bombeiro (COCB) de Nova Andradina.
A mãe conta que a calma de Roque a ajudou. Logo em seguida, ela recebeu instruções de como proceder. Apavorada, mas concentrada a fim de salvar a filha, a mãe seguiu a risca todas as instruções do bombeiro.
"Peguei minha filha no colo, toda molinha, ele disse para eu colocar ela sentada e com uma mão flexionar devagar a barriga e com a outra mão, tipo uma concha, dar uns tapinhas nas costas, e foi o que eu fiz" conta a mãe em tom de alegria.
Mãe e avó disseram que mesmo que a garotinha estivesse melhor e consciente, a recomendação de Roque foi que fossem ao hospital. "Foi o que foi fizemos, mas a criança estava bem mesmo e então voltamos pra casa", disse.
Emanuelly se engasgou com uma figurinha que vem dentro de pacotes de salgado. Depois do susto, a criança se recuperou e passa bem. "Não tenho palavras. A ação dele foi tudo, a vida dela devo à Deus e a esse bombeiro que nem sei o nome, só tenho a agradecer" diz Pâmela.
Como forma de gratidão, Pâmela Cristina Gaspar permitiu publicar a foto de Emanuelly "para que o bombeiro conheça o sorriso que ele ajudou a permanecer vivo".
