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Alimentação e Transportes puxaram a inflação no mês de dezembro na Capital

Alimentação e Transportes puxaram a inflação no mês de dezembro na Capital

09 janeiro 2012 - 15h23Por Assessoria
O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) registrou inflação de 0,58%, no mês de dezembro de 2011, indicando forte aumento em relação ao mês de novembro, cujo índice foi de 0,37%. “A inflação acumulada, que fechou o ano de 2011 em 6,57%, ficou pouco acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi de 6,5%. O centro da meta para o ano é de 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos”, analisa o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Anhanguera-Uniderp (Nepes), Celso Correia de Souza.

O IPC/CG busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. “Apesar das fortes compras de fim de ano e da mudança de estação de primavera para verão, no mês de dezembro, somente os grupos Habitação e Vestuário apresentaram deflação”, considera Souza. Todos os outros grupos tiveram variações positivas.

O grupo Habitação apresentou estabilidade em seus preços, com pequena deflação da ordem de (-0,01%) em relação ao mês de novembro. As maiores altas de preços deste grupo foram com produtos como: inseticida 4,20%, forno microondas 3,78%, detergente 3,68% e álcool 2,61%. Quedas de preços ocorreram com pilha (-5,62%), computador (-5,31%), máquina de lavar roupas (-4,55%) e esponja de aço (-4,29%).

Apresentando forte inflação da ordem de 1,61%, o grupo Alimentação refletiu o alto consumo de seus produtos no final do ano. “Os produtos que mais pressionaram a inflação para cima foram filé mignon 16,89%, contrafilé 12,68%, picanha 12,55%, coxão-mole 9,64% e alcatra 9,17%. Por outro lado, alguns produtos desse grupo tiveram quedas de preços significativas, tais como: chuchu (-25,18%), limão (-20,75%), couve-flor (-19,37%), queijo muçarela/prato (-10,10%), entre outros com menores quedas de preços”, pondera Souza.

No item carnes, praticamente, todos os cortes sofreram aumentos de preços, exceto a costela bovina com queda de (-1,82%) e miúdos de frango com (-0,93%). Os cortes de carnes com maiores aumentos de preços foram: filé mignon 16,89%, contrafilé 12,68%, picanha 12,55%, coxão-mole 9,64%. Em relação à carne suína, apresentaram aumentos de preços: pernil 8,55%, bisteca 4,48% e costeleta 4,05%.

“Assim como em Alimentação, no grupo Transportes foi verificada forte inflação, da ordem de 1,06%, devido, principalmente, a aumentos de preços de: etanol 5,30%, gasolina 0,83%, automóvel novo 0,73%, diesel 0,46% e pneu novo 0,24%. Não houve nenhuma queda de preço neste grupo”, afirma o coordenador do Nepes.

O grupo Despesas Pessoais apresentou moderada alta, de 0,38%. Aumentos de preços ocorreram com os produtos/serviços: sabonete 4,07%, papel higiênico 3,02% e xampu 2,62%. Queda de preço ocorreu somente com fio dental, (-1,63%). Já o grupo Educação, no mês de dezembro, apresentou uma pequena inflação, da ordem de 0,30%, devido, principalmente, ao aumento de 2,90% em artigos de papelaria.

Com estabilidade nos preços de produtos e serviços, o grupo Saúde apresentou pequena inflação de 0,02%, destacando com aumento de preço de 1,13% o produto antialérgico e broncodilatador. Quedas de preços ocorreram com: analgésico e antitérmico (-0,47%), antiinfeccioso e antibiótico (-0,43%), vitamina e fortificante (-0,05%).

“Observou-se no grupo Vestuário moderada deflação em seu índice, da ordem de (-0,51%). Ocorreram altas de preços nos produtos como sapato feminino 2,99%, sapato masculino 0,33% e camiseta masculina 0,32%. Quedas de preços ocorreram com: saia (-3,82%), bermuda e short feminino (-3,11%) e calça comprida masculina (-2,29%)”, finaliza Souza.

Inflação acumulada – A inflação acumulada, no ano de 2011, na cidade de Campo Grande foi de 6,57%, acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) que foi de 6,5% para o ano de 2011. A meta para a inflação em 2011, estabelecida pelo CMN foi de 4,5%, com uma tolerância de (± 2%). “O grupo Educação foi o grupo que apresentou a maior taxa acumulada no ano de 2011, ficando em 10,10%, seguido dos grupos Vestuário 8,15% e Habitação 7,78%, com índices acima da inflação acumulada deste ano, que foi de 6,57”, analisa pesquisador do Nepes, José Francisco dos Reis Neto.

Os dez mais e os dez menos do IPC/CG – Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação no mês de dezembro foram: alcatra, etanol, contrafilé, acém, arroz, pescado fresco, papelaria, aluguel de apartamento, gasolina, aluguel de casa. Já os dez produtos que menos contribuíram para alta da inflação foram leite pasteurizado, computador, queijo muçarela/prato, batata, calça comprida masculina, chuchu, costela, couve-flor, queijo-de-minas e laranja pêra.


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