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As pegadinhas do comércio: veja os truques das lojas para incentivar o consumo

As pegadinhas do comércio: veja os truques das lojas para incentivar o consumo

20 junho 2012 - 10h18Por Infomoney
Ter o completo controle do orçamento não é fácil para ninguém. O que torna a situação ainda mais complicada são as propagandas, o marketing e todos os truques que o comércio utiliza para fazer os consumidores gastarem mais. Estar ciente das pegadinhas, porém, já vai ajudar bastante.

Dentro do universo de truques e pegadinhas tem até quem se especialize no tema, no sentido de estudá-lo e ajudar os consumidores a não ficarem tão sujeitos a isso. É o caso do escritor Martin Lindstrom, autor de Brandwashed: Tricks Companies Use to Manipulate Our Minds and Persuade Us to Buy (Lavagem cerebral: truques que as companhias utilizam para manipular nossas mentes e nos convencer a comprar).

O autor trabalha no campo do neuromarketing explorando os porquês os consumidores compram as coisas que compram e quais áreas do cérebro entram em atividade quando algo é consumido. Em outras palavras, o livro analisa o que as marcas escondem para atingir o ponto certo e fazer as pessoas comprarem.

Dentro dessa lógica, o site LearnVest listou os principais truques que as lojas utilizam para pegar os consumidores, mostrando como não ser uma presa fácil. Confira!

1. O tamanho do carrinho

- o primeiro truque é o tamanho do carrinho oferecido pelas lojas. De acordo com o autor, o volume das compras é fortemente influenciado pelo tamanho do carrinho que os consumidores têm a sua disposição. Um carrinho maior pode estimular gastos 37% maiores.

Cuidado também com os carrinhos oferecidos para seus filhos. Quando uma loja oferece carrinhos para crianças, não necessariamente faz isso porque adora crianças, mas sim porque sabem que, na média, um consumidor pode gastar 30% mais se estiver acompanhado de seus filhos.

A solução proposta pelo autor é bem simples, opte pelos carrinhos menores ou, se possível, pela cesta de compras. Ainda, prefira ir ao mercado sozinho. Tanto crianças quando cônjuges acabam estimulando o consumo. E o comércio sabe disso.

2. As músicas -

uma boa e nostálgica trilha sonora tocando em uma loja, no Natal, por exemplo, não foi escolhida por acaso. As músicas que nos fazem lembrar da infância também nos estimulam a gastar mais. “É um truque antigo, nos faz sentir nostálgicos, como se fossemos crianças de novo”, pontua o autor. Em geral, as músicas que remetem ao passado nos fazem gastar 17% mais do que as músicas comuns.

Mas música, seja qual for, é um poderoso truque do comércio. É uma forma de ativar emoções, que consequentemente nos farão consumir mais. A solução? Leve sua própria trilha sonora “leve seu iPod e escute músicas animadas”, pode parecer louca, mas essa estratégia não só nos faz comprar mais rápido como também consumir menos, afirma Lindstrom.

3. O poder das notas grandes

- um elemento que afeta bastante o consumo é o tamanho das notas que carregamos no bolso. Diversos estudos já apontaram que os consumidores conseguem com maior facilidade ficar por mais tempo com notas grandes do que com pequenas.

É 50% mais fácil gastar R$ 100,00 em notas pequenas, como de R$ 10,00 e de R$ 20,00, do que gastar o mesmo valor com notas maiores. E os lojistas sabem disso. Por isso, para estimular o consumo, preferem dar como troco notas pequenas, o que será gastado mais rapidamente. Para quem duvida das afirmações, o autor sugere que carregue uma nota de R$ 100,00 no bolso e veja o quanto tempo fica com ela. Faça o mesmo com notas menores e veja a diferença.

4. Espelhos manipulados -

o autor também afirma que os espelhos das lojas de roupas nem sempre refletem a realidade. Em alguns estabelecimentos são adicionados um ligeiro tom rosado em volta do espelho para fazer com que a pessoa se sinta mais bronzeada.

Alguns experimentos já mostraram, segundo o autor, que as pessoas gastam 19% mais se estiverem se sentindo bem com seu visual. O que o consumidor deve fazer é tentar se olhar em outros ambientes, não apenas no manipulado pela loja.

5. Redutores de velocidade

- os itens à venda nas lojas estão dispostos de maneira aumentar o consumo. Isso quer dizer que as lojas estudam a forma como os consumidores se comportam e como compram os produtos e a partir disso vão elaborando o layout da loja.

Um truque utilizado são os redutores de velocidade, instalados no chão. “Subconscientemente, quando sentimos aqueles redutores nós reduzimos a velocidade e olhamos a nossa volta ao invés de passarmos direto com nossos carrinhos. “Na média, os redutores criam 15 segundos de atraso, que, em estudos realizados pelos supermercados, levam a 17% de gastos adicionais”, diz o autor.

Para não deixar se influenciar pelo truque, basta saber que ele existe. Para o autor, se o consumidor tiver ciência do objetivo dos redutores de velocidade, já é uma grande arma contra eles.

6. Amostras grátis? -

as amostras grátis oferecidas nos supermercados também guardam truques para estimular o consumo desnecessário. Segundo o autor, quando o consumidor está focado em suas compras, andando pelo corredor de limpeza, por exemplo, e é abordado por um funcionário oferecendo algum produto comestível, boa parte dos que aceitam perde o foco e segue em direção ao setor de alimentos. A lógica é simples, manipular o cérebro e fazer com que ele pense em outro departamento, o de comida.

A solução é fácil. Diga não, obrigado e continue suas compras. Lembrando que uma estratégia ainda melhor para resistir a esse tipo de tentação é evitar fazer compras com estômago vazio.

7. Interrupções

- você está em uma loja de departamento, observando as prateleiras e comprando o que precisa, quando, de repente se depara com uma montanha de alimentos dispostos em formatos dos mais diversos possíveis, bloqueando sua passagem. Você simplesmente não consegue deixar de notar os preços dos produtos, mas, adivinhe, as montanhas de produtos não estão onde estão sem motivo.

As interrupções, que inclusive impedem o seu caminho, estão lá para fazer com que o consumidor perca o foco. Segundo as estatísticas levantadas pelo autor, quando abandonamos nossa lista de compras para avaliar algo que apareceu de surpresa no caminho, é 35% mais provável realizar a compra. Além disso, nesse tipo de situação, estamos propensos a gastar 15% mais.

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