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Brasil precisará de 3 hidrelétricas semelhantes a Itaipu até 2021

04 janeiro 2012 - 18h27Por EFE
O Brasil precisará construir outras três hidrelétricas equivalentes a Itaipu para suprir a demanda prevista de energia em 2021, afirma um estudo divulgado nesta quarta-feira pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Segundo as previsões do organismo, o consumo de energia elétrica no País crescerá a uma taxa média de 4,5% por ano na próxima década, por isso saltará dos 472 mil gigawatts hora (GWh) em 2011 até 736 mil gigawatts hora em 2021.

Isso significa que a demanda de energia em 2021 será em 56% superior à do ano passado e que o Brasil terá que aumentar a energia gerada em 264 mil gigawatts hora nos próximos dez anos.

Esse volume equivale ao produzido por três hidrelétricas de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, compartilhada pelo Brasil e o Paraguai, e que no ano passado gerou uma média de 92.245 gigawatts por hora.

Parte da nova energia demandada em 2021 será atendida pelas três grandes hidrelétricas que o País está construindo na Amazônia e que entrarão em operação nos próximos anos: Belo Monte, Santo Antônio e Jirau.

Apenas Belo Monte, uma polêmica construção sobre o rio Xingu muito criticada por ecologistas e indígenas, oferecerá 39.360 gigawatts hora a partir de 2015.

Segundo o estudo da EPE, o crescimento do consumo anual de energia do Brasil (4,5% ao ano) ficará abaixo do crescimento econômico médio ao ano previsto para o período (4,7%).

O setor comercial será o que mais impulsionará o crescimento do consumo de energia no Brasil na próxima década, com um aumento de sua demanda de 5,8% ao ano, seguido pelo setor residencial (4,5%) e pela indústria (4,4%).

"Apesar do elevado aumento do consumo do setor de comércio e serviços, a indústria se manterá como o setor responsável por quase a metade do consumo total de eletricidade do País em 2021", segundo o estudo do organismo estatal.

O consumo da indústria saltará de 225 mil gigawatts hora em 2011 até 346 mil gigawatts hora em 2021.

Outros segmentos devem aumentar o consumo em 3,6%, passando de 61 mil GWh para 87 mil GWh.

A EPE ainda estima um expressivo aumento da autoprodução, em torno de 6,8% ao ano, em média, passando de 41,5 mil GWh estimados em 2011 para 79,8 mil GWh em 2021. "Com isso, a participação desta fatia da geração no consumo total de eletricidade do País crescerá dos cerca de 9% verificados nos últimos anos para 11%, aproximadamente, ao final do horizonte", disse a EPE em nota.

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