Por sua atuação destacada nesse comércio clandestino, o paraense de 54 anos é também conhecido como Vítor – alusão ao russo Viktor Bout, o “senhor das armas”, que inspirou o personagem de Nicolas Cage no filme de mesmo título.
No contexto global, a importância de Coracy é tanta que ele foi incluído em 2006 e 2007 na “lista suja” (Kingpin Act) da presidência dos Estados Unidos, que reúne os chefões e os nomes mais perigosos e influentes do tráfico internacional. Os integrantes da "lista suja" têm os bens bloqueados nos EUA.
Ele também esteve na lista de procurados com "alerta de difusão vermelho", nível máximo, da Interpol (Polícia Internacional), de 2004 até 2007, quando foi preso novamente após sete anos foragido.
No Brasil, porém, ele consegue manter um perfil discreto, quase invisível para as forças policiais e a imprensa.
Investigações da Polícia Federal apontaram que a operação principal dele é a troca de armas por cocaína das Farc. Ele entrega as armas e recebe drogas em troca. Usando o Brasil como rota do tráfico internacional e usando barcos e aviões pequenos como meios de transporte, ele distribui os entorpecentes no Brasil e os envia para a Guiana, Suriname e Venezuela, de onde seguem para Europa e Estados Unidos.
É considerado um atacadista, que atua com grandes quantidades de droga.
No plano internacional, segundo investigações a que o iG teve acesso, ele tem conexões diretas com lideranças das Farc e já teria estado pessoalmente com Luiz Edgar Devia, o porta-voz das Farc conhecido como Raul Reyes – morto na operação militar colombiana na fronteira com o Equador, em 2008 – e com Victor Julio Suárez Rojas, o Mono Jojoy, chefe militar das Farc morto em um ataque militar, em 2010.
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