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'Brincadeira de mau gosto a matou', diz mãe de vítima de tiro

08 setembro 2011 - 18h34Por G1/MS
A mãe de Ana Carolina Alvício, que morreu após ser atingida com um tiro no rosto em Campo Grande, afirmou ao G1 que não se conforma com as circunstâncias da morte da menina, que tinha 12 anos. “Ele fez uma brincadeira de mau gosto que matou minha filha”, disse a confeiteira Edileide Alvício, de 29 anos, na manhã de quarta-feira (7).

O caso aconteceu por volta das 19 horas de terça-feira (6), no bairro Zé Pereira, na casa do adolescente de 15 anos, que foi apreendido. Segundo informações da Polícia Civil, além da vítima, estavam no local mais um casal de adolescentes, ambos com 13 anos.

Segundo o delegado Paulo Sá, o suspeito afirmou que queria dar um susto na vítima porque ela teria feito brincadeiras depois de encontrar uma cueca dele com desenho de bichinhos.

O adolescente relatou à polícia que foi até o quarto, pegou um revólver calibre 38 com capacidade de cinco tiros, que estava na gaveta do armário, descarregou a arma e deixou a munição em cima da cama. “Ele disse que pensou que o revólver estava sem balas. Apontou a arma para a garota de 13 anos, e apertou o gatilho. Em seguida, fez o mesmo com a de 12 anos e a arma disparou”, contou o delegado.

Edileide contou que a filha chegou da escola por volta das 17h15, trocou de roupa e disse que iria ao mercado, que fica próximo à casa da família. Quando retornou, disse que iria para a casa do amigo para tomar tereré.

“Eles sempre se reuniam para tomar tereré. Ele é nosso vizinho e ia todos os dias para a escola com a minha filha. Conhecemos o pai dele há uns cinco anos. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer”, relatou Edileide.

A mãe contou ainda que ouviu o disparo, mas não deu muita importância porque achou que se tratava de uma bombinha que alguém teria soltado no bairro. “Logo depois ele (o suspeito) entrou na minha casa pedindo socorro e dizendo que eu precisava socorrer minha filha”, contou a confeiteira.
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Moradores

A dona de casa Shirley Tenório, de 42 anos, afirmou ao G1 que os moradores do bairro ficaram chocados. "A Ana cresceu no bairro, ela era amiga da minha filha. Todo mundo conhecia e gostava muito dela . Nem conseguimos acreditar ainda no que aconteceu", relatou a vizinha que mora na mesma rua da casa da vítima.

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