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Cana: prefeito, vereadores e sociedade se unem contra queimadas

Cana: prefeito, vereadores e sociedade se unem contra queimadas

07 dezembro 2011 - 15h50
Douradosnews


Os ativistas ambientais de Dourados e o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Condam ganharam dois novos aliados para apoiar a manutenção da Lei que proíbe a queimada de palha de cana-de-açúcar em Dourados que será votado hoje à tarde pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

É que o prefeito Murilo Zauith e os 12 vereadores da cidade assinaram documentos onde dizem não à volta da queimada da palha na cidade. Os vereadores se manifestaram através de uma moção de apoio (veja a foto) e o prefeito da mesma forma.

Havia a expectativa de que a lei fosse votada em janeiro, porém, para limpar a pauta e com articulações do sindicato das Usinas, o processo entrou em julgamento nesta semana.

Em Dourados a pressão já era grande dos movimentos sociais para que houvesse apoio do Município e da Câmara, já que da primeira vez que a idéia foi debatida, só dois dos 12 vereadores se manifestaram contrários às usinas. Porém, com a entrada do prefeito ao lado dos movimentos sociais, os demais vereadores da base de sustentação dele vieram juntos.

Pontos de vista
De um lado está o sindicato das Usinas, que defende como forma de economia a queima da palha da cana, que aumentaria de 400 para 800 toneladas o volume de colheita e ainda ajudaria no controle de insetos prejudiciais à cultura e ao ambiente em torno das usinas que vê um aumento no número de moscas. As usinas alegam que a queima da palha seria usada em 5% da área plantada na primeira safra e seria dispensada na segunda. Em cifras a economia seria imensa, ainda que fosse nessa pequena área.

Já o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Condam defende “(...) compete considerar essa problemática sob uma perspectiva mais ampla, uma vez que envolve a multidimensionalidade das relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza e suas conseqüências, e é nessa perspectiva, que entendemos que a questão ambiental deve ser tratada”, alegou a entidade em relatório.

“Em Dourados temos uma legislação bastante clara com relação a queima da palha da cana-de-açúcar, fruto de discussões, debates, audiências públicas, ao longo de mais de cinco anos que proíbe essa prática no âmbito do território do município, gostaríamos que tais medidas fossem ampliadas para o Estado. (...) Nos últimos dias fomos surpreendidos com a notícia de que o sindicato do setor sucro-alcooleiro recorreu a esta corte para pleitear a anulação da nossa Lei Municipal que é fruto do esforço e da vontade da sociedade douradense”, escreveu o presidente do Condam, Ataulfo Alves Stein em Ofício entregue no Tribunal de Justiça.

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