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Corumbá, a Capital do Pantanal, comemora 233 anos

21 setembro 2011 - 15h30

Corumbá, a Capital do Pantanal, comemora 233 anos

Campograndenews


Fundada em 21 de setembro de 1778, Corumbá, a “Cidade Branca”, completa hoje 233 anos de existência com uma programação especial.

No cronograma de comemorações do aniversário da maior cidade pantaneira, às 16h está marcado um desfile cívico-militar, que ocorre na avenida General Rondon. Ao todo, 64 instituições irão desfilar com aproximadamente cinco mil participantes. Logo depois, às 22h, a banda Calypso realiza um show comemorativo com entrada franca na praça Generoso Ponce.

Corumbá localiza-se na região do Pantanal sul-mato-grossense e próxima da fronteira com a Bolívia, à beira do Rio Paraguai. O município é também ponto de parada da ligação ferroviária entre o Brasil e a Bolívia, sendo a última cidade brasileira antes do território boliviano.

História - Corumbá foi fundada em 21 de setembro de 1778 a mando do Governador da Capitania de Mato Grosso, Capitão-General Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, para impedir os avanços dos espanhóis pela fronteira brasileira em busca de minerais preciosos. Quando a passagem de barcos brasileiros e paraguaios pelo Rio Paraguai foi liberada, e devido à importância comercial que passou a ter, a localidade foi elevada a distrito em 1838 e, em 1850, a município. Em 1877, Corumbá dispunha de três praças, dez ruas retas e sua população era de aproximadamente 6 mil habitantes.

Durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870), a Freguesia de Santa Cruz de Corumbá – nome que recebeu na emancipação – foi palco de uma das principais batalhas do conflito, sendo ocupada e destruída por tropas de Solano Lopez em 1865. A partir de 1870, ao ser retomada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, a cidade começou a ser reconstruída. Na mesma época, imigrantes europeus e de outros países sul-americanos chegaram, impulsionando o desenvolvimento local. Como resultado, Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930.

Até a década de 1950, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram os únicos meios de integração da região. Por isso, a cidade vivia sob a influência dos países da Bacia do Prata, dos quais herdou grande parte dos seus costumes, hábitos e linguagem. Isso ocorreu naturalmente devido à sua localização fronteiriça e ao isolamento físico que sofria na época.

A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no início do século XX, porém, deslocou o eixo comercial do sul do Estado – então Mato Grosso – para Campo Grande. Os grandes comerciantes locais mudaram-se para outras cidades e Corumbá passou a priorizar comercialmente a exploração mineral as atividades rurais, como a agropecuária.

A cidade iniciou atividades industriais na década de 1940, com a exploração das reservas de calcário – excelente para a indústria do cimento – e de outros minérios. No fim dos anos 1970, o turismo passou a ser explorado, revelando nova infraestrutura e viabilizando a restauração das construções históricas. Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá passou a ser chamada de Capital do Pantanal, constituindo-se o principal portal para o santuário ecológico.

Complexo do Pantanal - O bioma Pantanal é a planície mais importante em áreas úmidas da América do Sul. Seu maior território encontra-se no Mato Grosso do Sul, é conhecido como Pantanal Sul e tem como porta de entrada a cidade de Corumbá. O Pantanal sul-mato-grossense é reconhecido como uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Planeta.

A grande diversidade da fauna é um dos seus grandes atrativos: jacarés, peixes, capivaras, antas, cervos-do-pantanal, garça, arara-azul, tuiuiú, entre outros. O Pantanal recebeu os títulos de Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Segundo a WWF (1999), existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis.

É uma região de grande importância para preservação da biodiversidade, considerada um dos maiores centros de reprodução da fauna das Américas. Já foram catalogados aqui mais de 263 espécies de peixes, 122 de mamíferos, 93 de répteis, 1.132 de borboletas, 656 de aves e 1.700 de plantas.

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