De acordo com a Carta de Conjuntura, documento produzido pelo Ipea que avalia dados econômicos divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica), as contas externas brasileiras "permanecem em uma trajetória de ajuste, com expressiva redução do deficit em transações correntes".
Segundo Ribeiro, a queda do deficit pode ser explicada, principalmente, pelo aumento do superavit comercial. "Com efeito, a balança comercial brasileira vem registrando, desde o final de 2015, superavits comerciais bastante robustos, da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões ao mês, e, no acumulado de janeiro a outubro, o superavit alcançou US$ 38,5 bilhões, três vezes mais que o número dos primeiros dez meses de 2015", diz trecho do levantamento
De acordo com a Carta de Conjuntura, os fluxos lÃquidos de capitais do paÃs tiveram uma redução de 68,8% no perÃodo de janeira a setembro na comparação com igual perÃodo de 2015, menor valor para o perÃodo nos últimos dez anos.
No outro extremo, segundo o Ipea, o saldo negativo de US$ 11,4 bilhões dos investimentos em carteira, ocorreu, principalmente, em virtude do retorno lÃquido de US$ 15,6 bilhões de aplicações em tÃtulos negociados no mercado externo. "Em quase todos os meses deste ano as saÃdas de investidores estrangeiros desses tÃtulos superou as novas aplicações. Tal fato está certamente associado ao elevado grau de incerteza polÃtica vivido pelo paÃs e com a perda do "grau de investimento" por parte das principais agências internacionais de classificação de risco".