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Dilma viaja à Argentina para participar da cúpula do Mercosul

29 junho 2012 - 09h00Por Terra
A presidente Dilma Rousseff partiu nesta quinta-feira à cidade argentina de Mendoza para participar das cúpulas do Mercosul e da União de Nações Sul-americanas (Unasul), após se reunir em São Paulo com o ex-líder Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma chegaria nesta mesma noite em Mendoza, onde pretende participar da Cúpula do Mercosul e de outra que será realizada nesta sexta-feira na mesma cidade da Unasul. O assunto central das duas cúpulas será a situação do Paraguai após o impeachment de Fernando Lugo da Presidência, o que abriu uma crise política que pode deixar o país à margem do Mercosul e da Unasul.

A reunião de Dilma com Lula não aparecia na agenda oficial da governante até pouco depois do meio-dia. Em seguida, a presidente, de 64 anos, se dirigiu ao Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, onde, segundo a Presidência, se submeteu a exames de rotina relacionados ao câncer linfático que lhe foi diagnosticado em 2009 e do qual seus médicos dizem que está totalmente curada.

Após os exames, o médico Raúl Cutiat, da equipe que atende a presidente, disse à imprensa que ela está bem, foi submetida a uma tomografia e outros exames rotineiros, e depois partiu rumo ao aeroporto de São Paulo para viajar a Mendoza. Fontes oficiais consultadas pela Agência Efe não souberam informar sobre o conteúdo do encontro com Lula, que alguns meios de comunicação vincularam à situação política no Paraguai.

Assim como o próprio governo Dilma, Lula condenou em termos enérgicos o que chamou de "ruptura da ordem democrática" no Paraguai e inclusive participou nesta terça-feira em São Paulo de uma manifestação organizada por cidadãos paraguaios em solidariedade com o ex-presidente Lugo. Segundo fontes oficiais, Dilma não terá em Mendoza nenhuma reunião bilateral e se limitará à programação oficial do Mercosul e da Unasul. Em seguida, voltará a Brasília nesta própria sexta-feira.

Processo relâmpago destitui Lugo da presidência

No dia 15 de junho, um confronto entre policiais e sem-terra em uma área rural de Curaguaty, ligada a opositores, terminou com 17 mortes. O episódio desencadeou uma crise no Paraguai, na qual o presidente Fernando Lugo, acusado pelo ocorrido, foi sendo isolado no xadrez político. Seis dias depois, a Câmara dos Deputados aprovou de modo quase unânime (73 votos a 1) o pedido de impeachment do presidente. No dia 22, pouco mais de 24 horas depois, o Senado julgou o processo e, por 39 votos a 4, destituiu o presidente.

A rapidez do processo, a falta de concretude das acusações e a quase inexistente chance de defesa do acusado provocaram uma onda de críticas entre as lideranças latino-americanas. Lugo, por sua vez, não esboçou resistência e se despediu do poder com um discurso emotivo. Em poucos instantes, Federico Franco, seu vice, foi ovacionado e empossado. Ele discursou a um Congresso lotado, pedindo união ao povo paraguaio - enquanto nas ruas manifestantes entravam em confronto com a polícia -, e compreensão aos vizinhos latinos, que questionam a legitimidade do ocorrido em Assunção.

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