"O dólar menor prejudica o comércio da cidade, aqui o imposto é 40%, no Paraguai 10%. As vendas já caíram entre 12% e 15%", afirmou Evaldo Pavão Senger, presidente da Associação Comercial de Ponta Porã.
O dólar paralelo, modalidade usada para compras no Paraguai, fechou a R$ 1,83 na terça-feira. Segundo Pavão, o ideal seria um valor da divisa próximo aos R$ 2. "Assim é bom para todos, os comerciantes paraguaios continuam ganhando, e a população de Ponta Porã segue girando o comércio da cidade", comentou. Devido a forte concorrências, dois mercados especializados no atacado da cidade acabaram fechando as portas.
Outro fator que está atrapalhando as vendas, segundo o dirigente comercial, é o reforço nas fiscalizações na fronteira. "O aumento das barreiras, como a Guarda Nacional, afasta o turista, e Ponta Porã acaba perdendo também volume no setor gastronômico e hoteleiro", relatou Pavão.
Já Corumbá, cidade que faz fronteira com a boliviana Puerto Suárez, não sofre tanto com a concorrência. "Na Bolívia a população compra mais roupas, o resto adquire no Brasil mesmo, até porque a cidade boliviana não tem um apelo grande para o comércio, como Pedro Juan Caballero", explicou Alfredo Zamlutti Júnior, presidente da Associação Comercial de Corumbá. Ele admite porém queda na movimentação financeira, mas vê como fator negativo a dependência do turismo pesqueiro, e a falta de outras opções, fora as datas sazonais, como o Festival das Águas.
A valorização do real em outubro acabou compensando o mês anterior. Em setembro a preocupação com a crise na Europa fez o dólar disparar 18%, e alcançar mais de R$ 1,95. As novas medidas contra a crise aprovadas por líderes europeus, principalmente na segunda metade de outubro, são apontados como os fatores preponderantes na queda acentuada do dólar no mês.
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