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Enfermeiros reivindicam reajuste de 15%; hospitais propõem 7,22%

Enfermeiros reivindicam reajuste de 15%; hospitais propõem 7,22%

12 junho 2012 - 14h20
DouradosAgora


Profissionais de enfermagem de Dourados fizeram protestos na tarde de ontem. Em passeata pelas ruas a categoria reivindicou reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

O objetivo, segundo a diretora de ética e fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem em Mato Grosso do Sul (Siems), Maria Francisca de Oliveira, é sensibilizar a classe patronal, neste casos os hospitais, clínicas e afins, para proporcionar o aumento reivindicado pela categoria que hoje é de 15%. A classe patronal oferece apenas 7,22%.

Ontem no Ministério do Trabalho e Emprego o grupo não entrou em acordo com a classe patronal, o que leva para julgamento a reivindicação. De acordo com Francisca, a proposta ficou aquém do que a categoria esperava.

O aumento salarial de 15% resultaria num piso de R$ 715 para os auxiliares, R$ 861,81 para os técnicos e R$ 999,73 para o enfermeiro profissional. Outra reivindicação da categoria é garantir duas folgas mensais para o trabalhador com 12h trabalhadas e uma folga na semana para o trabalhador que cumpriu plantão. Os enfermeiros também reivindicam um vale refeição no valor de R$ 300.

Ao todo são 1,2 mil profissionais de Dourados no mercado. O grupo também quer chamar a atenção da população sobre a crise pela qual passa a categoria. “Queremos que a população saiba que além dos baixos salários sofremos com a falta de estrutura dos hospitais. Em Dourados isto está castigando tanto os pacientes como nós profissionais que ficamos sem material para atender de forma eficaz nos hospitais públicos. Estamos convocando a população para que lute conosco em prol da nossa saúde pública”, destaca.

A diretora diz que a partir de agora o momento é de mobilizações. “Vamos em todas as nossas forças políticas e administrativas na tentativa de sensibilizar os hospitais a valorizar o profissional de enfermagem”, diz.

Em relação a jornada de trabalho, Francisca defende a redução para 30 horas semanais. “Atualmente a enfermagem faz em média 44 horas semanais, mas com as escalas de revezamento pode chegar a 56 horas. Uma jornada extenuante que é prejudicial aos profissionais e consequentemente ao atendimento em saúde”, ponderou a sindicalista.

Ela destaca que o Projeto de Lei 2.295/2000 que regulamenta a Jornada de Trabalho em 30 horas para a classe, já foi aprovado no Senado e está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. Para fortalecer a mobilização no Estado, as entidades de classe se uniram e criaram o Fórum Regional 30 Horas já! Que visa pressionar a bancada federal sul-mato-grossense para pautar a matéria.

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