“Ele ainda está se sentindo vulnerável, inseguro, por isso, tem medo de sair do portão”. A análise é da adestradora e consultora comportamental de cães, Patricia Tsapatsis, sobre a situação do vira-lata Fofinho, de Campo Grande, que evitou que uma menina de três anos fosse atacada por um pit bull, no dia 5 de outubro.
Segundo a família do cãozinho, ele está traumatizado após o ataque. “Antes, quando nós soltávamos o Fofinho, ele já ia para a rua, corria, ia até a esquina e voltava. Mas agora só anda pelo quintal de casa e não passa do portão”, conta a estudante Kelly Sabrina, uma das donas do animal.
De acordo com a adestradora, o medo que Fofinho está demonstrando é uma coisa muito difícil de lidar e a família precisará de paciência para ajudá-lo em sua recuperação. Ela indica que uma técnica que pode ajudar o cão a se recuperar do trauma é a dessensibilização.
“A técnica é simples. Consiste em incentivar o animal, porém, sempre deixando que ele faça no seu tempo, sem forçar nada. No caso do Fofinho, uma pessoa poderia ficar do lado de fora do portão chamando e, a cada passo, cada evolução, dar uma recompensa, um petisco. Com isso, ele vai ganhando confiança” diz.
Patricia diz, entretanto, que mesmo com o uso da técnica o cãozinho, em razão do ataque, deve naturalmente sentir mais receio e ficar em estado de alerta sempre que tiver contato com animais com características semelhantes ao que o feriu.
Dica
A especialista reforça que é imprescindível o uso de uma guia ou coleira, para que acidentes como o que ocorreu com Fofinho, em que o pit bull invadiu sua casa, possam ser evitados. “É lei, o animal não pode sair sozinho pela rua”, finaliza.
O ataque
A dona de Fofinho conta que estava na sala de casa quando o pit bull invadiu sua casa. Ela diz que sua filha, de três anos estava sentada, quando o animal entrou correndo e foi para cima da criança. O cãozinho da família viu o pit bull se aproximar da menina, correu e avançou nele.
Ela diz que o pit bull abocanhou o vira-lata pelas costas e o arrastou pela rua por quase dez minutos. Kenya contou ainda que, no momento do ataque, ficou desesperada e tentou atirar objetos, como pedras, pedaços de pau e até um banco de madeira, para salvar o bicho de estimação.
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