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Goiabada de MS é um dos alimentos do cardápio da Copa

22 janeiro 2012 - 10h24Por Correio do Estado
Quem se hospedar em hotéis e comer em restaurantes cadastrados da próxima Copa do Mundo vai poder apreciar uma delícia vinda de Mato Grosso do Sul. A goiabada cascão produzida na Gleba Santa Terezinha, distrito de Itaporã, na região da Grande Dourados, será uma das “representantes” do Estado no maior evento de futebol do mundo, realizado em 2014 no Brasil. Fruto de muito trabalho e dedicação, o produto é o orgulho do pequeno distrito.

A goiabada é produzida pela Associação das Mulheres Rurais e Empreendedoras de Santa Terezinha e será um dos quatro alimentos do Estado fornecidos na Copa do Mundo. Mas, longe das cidades sedes, o doce é feito, de forma artesanal, em uma pequena agroindústria, e ainda nasce da força de mãos femininas. A produção é pequena, mas o doce é responsável por conquistas e alegrias de cinco mulheres, que criaram a associação e produzem, sozinhas, quase uma tonelada de goiabada todo o mês.

Tudo começou há seis anos como tentativa de reduzir o desperdício e aproveitar as frutas que poderiam ser jogadas fora. “Todas nós fazíamos a goiabada em casa, mas o desperdício era muito, até que decidimos nos juntar para melhorar a situação”, comentou uma das associadas, Meire Antônia Farias Endres, 40 anos. No início, tudo era feito de forma rudimentar, mas caprichada. Aos poucos, o trabalho começou a ser aperfeiçoado.

“Conseguimos emprestar essa casa, que é da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), mas não estava sendo usada. E também conseguimos panelas, um fogão específico emprestado, e assim vamos crescendo”, comentou outra associada, Maria Pereira Alves Costa, 52.

Hoje a produção gira em torno de 200 kg de goiabada cascão por semana, além de uma pequena quantidade de geleia de goiaba, que é mais fácil de fazer, porém tem menos procura dos consumidores. A venda é realizada de forma direta aos consumidores que moram próximos, ou em exposições e feiras, tanto em MS como em outros locais do Brasil. Todo o lucro é dividido, de forma igual, entre as cinco mulheres.

A expectativa agora é por novos equipamentos para a associação, que podem duplicar a capacidade de produção. “O projeto já foi aprovado pelo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), que tem até o fim deste ano pra liberar a verba, mas esperamos que neste trimestre saia”, comentou Maria. A verba em questão é de R$ 100 mil, que a associação já sabe o destino: novos maquinários, principalmente panelas específicas para o trabalho, e uma despoupadeira.

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