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Hospital abre sindicância para apurar morte de rapaz picado por cascavel

Hospital abre sindicância para apurar morte de rapaz picado por cascavel

08 novembro 2011 - 15h40
Campograndenews

O Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, abriu sindicância para apurar se houve falha no atendimento a Márcio Paulo de Sousa, de 27 anos, que morreu após ser picado por uma cobra cascavel. Ele foi picado no sábado, deu entrada no hospital à noite, após ficar por 6h na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), como informou a família.

A demora na aplicação do soro antiofídico é decisiva nestes casos em que ocorrem mortes, como afirmou ontem o médico Sandro Benites, coordenador do Civitox (Centro de Vigilância Toxicológica).

Na nota em que informa a abertura de sindicância, o HR afirma que não há evidências de omissão de socorro ao paciente, mas que decidiu pela abertura da sindicância para para “averiguar as eventuais falhas técnicas e/ou administrativas no atendimento.”

O hospital afirma que, após Márcio Paulo dar entrada no PAM (Pronto Atendimento Médico), após o acolhimento e classificação de risco, “foram foram constatadas outras co-morbidades pela equipe do PAM, foram realizados exames complementares e solicitada orientação do Civitox sobre o caso”. Depois, o paciente foi medicado, conforme o Hospital, inclusive com soro antiofídico, mas não respondeu “satisfatoriamente ao tratamento”.

O HR não explicita quais são as co-morbidades, mas a família informou que, após a morte, os médicos chegaram a dizer que Márcio havia sofrido uma overdose por drogas, dada a dificuldade de encontrar a picada da cobra.

O médico do Civitox explicou ontem, durante uma reunião em que profissionais da Saúde discutiram o atendimento a vítimas de animais peçonhentos, que a picada da cascavel normalmente é difícil de ser encontrada, e que a pessoa tem sintomas de embriaguez, dado o efeito do veneno no sistema nervoso central.

A morte de Márcio Paulo foi a segunda decorrente de picada de animal peçonhento em menos de 15 dias. No dia 27, a menina Maria Eduarda, de 2 anos, morreu após ser picada por um escorpião amarelo.

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