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Hospital Regional confirma infecção por superbactéria e admite falta de sabonete

30 agosto 2011 - 15h50
Hospital Regional confirma infecção por superbactéria e admite falta de sabonete

Midiamax

Enquanto tratam de pacientes infectados pela ‘superbactéria’ KPC, desde o começo deste mês de agosto funcionários do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul estão com problemas para uma operação básica no ambiente hospitalar: lavar as mãos.

Segundo Comunicação Interna emitida no último dia 9 pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), falta sabonete líquido e o problema “pode incidir diretamente no aumento das infecções hospitalares”. A diretoria confirma o registro de infecção por KPC e disse que o desabastecimento do produto básico é culpa de um fornecedor que atrasou a entrega.

Nesta segunda-feira (29), servidores ainda reclamavam que a situação persiste. A Diretoria do HRMS confirmou a falta do produto pela assessoria, e disse que o problema foi causado por um dos fornecedores que atrasou a entrega. Não foi informado se a empresa já foi multada pelo atraso, conforme normalmente determinam os processos licitatórios, mas a direção do hospital afirma que a situação está controlada.

Como medida de urgência, o CCIH orientou os funcionários a utilizarem “clorexidine degermante 2% em sache”, que o HRMS possui em estoque e seria distribuído pelas funcionárias da higienização nos lavatórios.

Superbactéria KPC no HRMS

Segundo denúncias de funcionários, o Hospital Regional supostamente teria pacientes infectados pela bactéria resistente KPC sendo tratados sem o isolamento adequado. A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), na verdade, é um mecanismo de defesa das bactérias, que se tornam imunes a determinados antibióticos usando enzimas específicas.

Segundo os servidores, cada infectado com KPC deve ficar em isolamento e ser tratado por apenas um funcionário, que não pode ter contato com outros pacientes. Eles reclamam que isso não estaria acontecendo.

A diretoria do Hospital confirma que registrou casos de pacientes isolados com KPC, mas garante que todo tratamento está sendo realizado dentro das exigências e normas sanitárias.

A infecção por KPC atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de objetos compartilhados. A lavagem das mãos é uma das principais formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.

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