Uma jovem de 20 morreu com um tiro na cabeça dentro das dependências da Base Aérea do Recife, localizada no bairro do Jordão, na zona sul da capital pernambucana, na madrugada de domingo. Militares da Aeronáutica teriam convidado Monique Valéria Miranda e outras duas amigas para entrar na base. O tiro que matou a jovem teria sido disparado por uma de suas amigas, identificada como Monique Freitas da Silva.

Segundo as primeiras informações colhidas na investigação, um dos soldados estaria mostrando uma arma para as mulheres, quando Monique Freitas disparou contra o rosto da jovem. Em depoimento prestado à polícia, a atiradora não soube dizer se o projétil que matou sua amiga havia sido esquecido dentro da arma ou se a pistola havia sido recarregada antes de ser entregue a ela.

A morte de Monique Valéria foi confirmada pela Assessoria de Comunicação do Segundo Comando Aéreo Regional. De acordo com o coronel Henry Munhoz, a vítima chegou a ser socorrida por um dos soldados, mas não resistiu ao ferimento. "Até o momento, a gente tem as mais variadas versões do que pode ter acontecido. É por isso que a gente está com esses militares aqui sendo interrogados. Uma série de militares que estavam de serviço no momento da ocorrência também estão sendo interrogados, de forma que a gente possa, com base em todas essas informações, identificar o que de fato aconteceu", afirmou o coronel.

A Polícia Federal (PF) realizou uma perícia técnica para investigar as circunstâncias da ocorrência e os autos serão enviados à Justiça Militar. Bebida alcoólica foi encontrada no local.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando o caso. Os três soldados envolvidos no homicídio foram detidos. Monique Valéria Miranda foi enterrada na tarde de domingo.