Um tribunal de Tóquio aceitou nesta quinta-feira (25/4), o pedido de liberdade feito pela defesa do executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, preso acusado de violações financeiras.
A decisão determina o pagamento de fiança de 500 milhões de ienes (US$ 4,5 milhões de dólares). O valor já teria sido pago, mas a Promotoria ainda pode recorrer. Caso se confirme a decisão, o brasileiro poderá deixar a prisão a qualquer momento.
O tribunal estabeleceu como condições para a liberdade, entre outras coisas, a proibição da saída de Ghosn do Japão e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nas investigações abertas contra ele.
Ghosn foi preso no Japão em 19 de novembro do ano passado e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: Nissan, Mitsubishi e Renault.
Ele foi solto sob pagamento de fiança no último 6 de março, após mais de 100 dias detido, e aguardava o julgamento em liberdade, sob regras rígidas. No entanto, Ghosn foi preso novamente em 4 de abril devido a novas acusações das autoridades.
O brasileiro estava à frente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Juntas, as 3 marcas foram o grupo que mais vendeu carros no mundo em 2017 e em 2018.