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Mãe é suspeita de maus-tratos contra bebê de seis meses

Mãe é suspeita de maus-tratos contra bebê de seis meses

19 janeiro 2012 - 14h50
G1 MS

Um bebê de seis meses foi encaminhado nesta terça-feira (17) ao Conselho Tutelar de Ladário, a 435 km de Campo Grande, por estar com diversas lesões que, segundo a Polícia Civil, podem ser queimaduras. A mãe da criança, de 28 anos, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por se tratar de ferimento considerado leve pela perícia. Caso seja constatado que ela é responsável pelos machucados, poderá responder por maus-tratos.

Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Enilton Pires Zalla, a mulher deixou o bebê com uma vizinha para ir à delegacia acompanhar outro de seus filhos, de 15 anos, que havia sido apreendido por ato infracional análogo a furto.

A vizinha, de acordo com Zalla, notou os ferimentos no rosto, joelho e pernas da vítima e levou o menino até um posto de saúde e funcionários do local acionaram a Polícia Civil. “Algumas feridas tomavam conta do joelho inteiro, parecido quando a pele escama e fica em carne viva. Dá a impressão de uma queimadura", afirma Zalla. A criança, segundo o delegado, teve que ser levada para um hospital em Corumbá (cidade vizinha a Ladário).

O bebê foi ao pediatra acompanhado por um médico legista, que emitiu um relatório sobre a gravidade das lesões. “Vai ficar só no TCO por enquanto, uma vez que caracterizou uma lesão leve".

O delegado explica que o Conselho Tutelar encaminhou a criança ao abrigo e informou o Ministério Público Estadual (MPE) para as providências cíveis, como a guarda da criança. A Polícia Civil irá enviar o TCO ao ministério para que ofereça ou não a denúncia criminal de maus-tratos.

Zalla disse ao G1 ter aproveitado que a mãe do menino estava na delegacia, por causa do filho adolescente, e ouviu o depoimento dela. “Ela disse ter deixado a criança em uma bacia, não quis falar se essa bacia estava quente do sol ou se tinha algum produto químico".

Para o delegado, já está caracterizado maus-tratos, pois a criança, mesmo que não tenha sido ferida pela mãe, não recebeu os cuidados necessários.

Depois de ouvida, a mãe do bebê assinou o termo e foi liberada. O delegado aguarda a chegada do laudo da perícia sobre as lesões.

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