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"Maniaco da Cruz" continua preso em Ponta Porã

"Maniaco da Cruz" continua preso em Ponta Porã

10 novembro 2011 - 20h48Por Caarapó News
O jovem Dionathan Celestrino que matou três pessoas de forma brutal em Rio Brilhante e ficou conhecido como “Maníaco da Cruz”, segue internado na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã.

Nessa semana, uma onda de boatos se espalhou em Caarapó dando conta de que o jovem teria sido solto e estaria morando na cidade, causando preocupação em muitas pessoas. A quem afirmasse até que teria visto o rapaz e que sua residência seria no Conjunto Habitacional Shalon. Outros "juravam" que o mesmo estaria morando na Santa Maria.

De acordo com o Caarapó News, funcionários da Unei e da imprensa de Ponta Porã disseram que ele continua detido na fronteira. O site também procurou o defensor público Eduardo Mondoni que entrou com pedido de liberdade para Dionathan, mas o mesmo saiu de férias. Porém, sua secretária repassou a reportagem a mesma informação obtida em Ponta Porã, de que há um pedido de liberdade, mas que ainda não foi julgado.

O caso – Eduardo Mondoni entrou com pedido de liberdade para Dionathan alegando que não era necessário que ele continuasse cumprindo sua pena, pois o prazo legal de 3 anos para internação de adolescente infratores teria vencido.

O pedido da Defensoria Pública cumpre o que é exigido pelo ECA (Estatuto da Criança e Adolescente): o adolescente infrator não pode ultrapassar o período de três anos em internação, devendo o regime ser convertido após esse período para liberdade, semi-liberdade ou liberdade assistida. O prazo de três anos de internação do Maníaco terminou no dia 8.

O adolescente já poderia estar solto desde o último dia 7 de outubro, quando a defensoria fez o pedido de desinternação ao judiciário, no entanto, o titular da Vara de Infância e Juventude de Ponta Porã não se manifestou e ele, então, fez o pedido ao TJ.

Obrigação legal
O defensor responsável pelo pedido de liberdade, Eduardo Mondoni, ressaltou que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não permite outra “saída” para o destino do adolescente, que não pode mais ficar preso. No entanto, o Maníaco pode ser privado do convívio social se for interditado, ou seja, internado em clinica de tratamento psiquiátrico.

No dia 29 de setembro deste ano, o Judiciário pediu perícia psiquiátrica para o adolescente, mas a informação preliminar é de que o laudo ainda não foi divulgado. Na época da prisão do Maníaco, em outubro de 2008, o Ministério Público emitiu documento dizendo que o ele não possuía distúrbios mentais. Outros laudos psicológicos já foram feitos durante a sua internação. Como o processo corre em segredo de justiça, a imprensa não tem acesso ao resultado.

Se for comprovado por laudo psicológico que o Maníaco sofre de graves problemas mentais e não tem condições de voltar para a sociedade, a promotoria ou a mãe do garoto pode pedir a interdição. No caso da interdição ser pedida, outro processo será iniciado, em que o Maníaco pode responder tanto em liberdade quanto em internação, de acordo com a determinação da Justiça.

Crimes Aos 16 anos, Dhionatan aterrorizou a cidade de Rio Brilhante em 2008. Fez a primeira vítima no dia 2 de julho daquele ano, quando matou o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo do cemitério do município, no dia 24 de agosto.

A terceira e vítima foi Gleice, achada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Próximo ao corpo dela ele deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra inferno. Dionathan foi apreendido no dia 9 de outubro, seis dias após o último assassinato, em casa. No quarto dele, foram encontrados posters do Maníaco do Parque e de um diabo, coloados ao guarda-roupa. Também foi achado um envelope de cor azul, contendo um um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho. Foram encontrados ainda três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas.

Para cometer os crimes ele utilizava luvas cirúrgicas. Estrangulava as vítimas e terminava de matá-las com faca, arma com a qual ele escreveu INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) no peito do primeiro alvo. Entrevistado pela imprensa na época, quando foi apreendido, o garoto afirmou que não estava arrependido.

Vítimas
Quando praticou os crimes, Maníaco da Cruz --apelidado em razão de deixar suas vítimas em forma de cruz – tinha 16 anos. Fez a primeira vítima no dia 2 de julho de 2008, quando matou o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo do cemitério do município, no dia 24 de agosto.

A terceira e última vítima foi Gleice, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Próximo ao corpo dela o rapaz deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra inferno.

No quarto do adolescente foram encontrados posters do Maníaco do Parque e de um diabo.Havia também revistas pornográficas, CDs, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas, como roupas e celulares.

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