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22 agosto 2011 - 09h23
EFE


Um grupo de pessoas se manifestou neste domingo em Miami Beach para exigir a igualdade de gênero na hora de exibir seus corpos e que tanto homens como mulheres possam ter o direito de fazer topless nos Estados Unidos.

Raquel Vergara, porta-voz do movimento "Go Top-Less" em Miami, disse que geralmente "a reivindicação é feita a cada dia 26 de agosto porque nesse mesmo dia de 1920 se ratificou a 19ª emenda da Constituição americana, que permitia o direito de voto das mulheres".

Este movimento em favor do topless começou há três anos e a cada ano se organiza este protesto. Neste domingo aconteceram manifestações similares em, pelo menos, 13 cidades dos EUA.

Durante a marcha de Miami Beach, cerca de 20 homens e mulheres percorreram a movimentada rua de Lincoln Road perante o olhar atento dos turistas, alguns dos quais, ao ver as mulheres com os seios quase totalmente descobertos, taparam os olhos de seus filhos para que estes não os vissem.

Raquel disse à Agência Efe que nunca tinha tido nenhum problema de fazer topless nos EUA, embora tenha lembrado que "no ano passado alguns indivíduos chamaram a Polícia para advertir que estava acontecendo um crime durante a marcha.

"Quando chegaram os agentes, viram que não havia nenhum morto. Só estávamos protestando com nossos seios tapados", explicou.

A porta-voz se mostrou muito confiante em que o governo americano aprove uma lei que permita às mulheres mostrar completamente seus seios.

Os homens que participaram da manifestação usaram um sutiã para se solidarizar com as mulheres, que não podem mostrar seus seios em lugares públicos.

Por outro lado, elas taparam os seios com enfeites para não infligir a lei. Raquel lembrou que "a legislação americana permite exibir parcialmente os seios, mas proíbe mostrá-los".

Segundo informou a organização, algumas cidades do Oregon, Califórnia, Texas, Novo México, Colorado, Wisconsin, Ohio, Carolina do Norte, Nova York, New Hampshire, Havaí e Maine permitem às mulheres fazer topless e inclusive amamentar seus filhos em lugares públicos.

Também em algumas regiões como a praia de South Beach (Miami) ou durante a celebração do Mardi Gras em Nova Orleans a legislação permite que as mulheres possam exibir os peitos em público.

Jesús Rojas, uns dos participantes, disse que "se o homem pode mostrar os peitos, a mulher também deve poder ter o mesmo direito".

Rojas, que não duvidou em usar um sutiã durante a passeata, brincou dizendo que "para alguns homens também faz falta colocar um sutiã".

Apesar de a convocação não ter tido a repercussão que se esperava, Rojas explicou que "em lugares menos conservadores, como a Califórnia, muita mais gente se reúne".

Adriana Podgornik, uma estudante argentina de 20 anos, se uniu à causa ao ver o protesto em Miami Beach e afirmou que todos deveriam "ter os mesmos direitos".

Na próxima semana algumas cidades do Canadá, França, Holanda e Suíça também protestarão pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Para o próximo ano, no dia 26 de agosto de 2012, esta organização pretende fazer uma única mobilização em Washington com participantes de várias cidades dos EUA.

O objetivo, segundo seus porta-vozes, será o mesmo: pedir às autoridades norte-americanas que tanto homens como mulheres possam exibir os peitos em público.

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