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Palmeiras destaca fim da "era Marcos" e promete jogo de despedida

04 janeiro 2012 - 18h43Por Terra
A aposentadoria do goleiro Marcos deixará o Palmeiras "refém" de um ídolo. Depois de o diretor César Sampaio anunciar o fim da carreira do camisa 12, o clube alviverde publicou uma homenagem em seu site oficial para destacar o "fim da era Marcos" na instituição. Em nota, o time detalhou a decisão do jogador de "pendurar as luvas" nesta quarta-feira, no dia em que o elenco se reapresentou para iniciar a preparação para a temporada 2012.

"Acabou a Era Marcos no Palmeiras. Depois de 20 anos de dedicação exclusiva ao clube de Palestra Itália, o goleiro de 38 anos optou por pendurar as luvas e comunicou sua decisão ao vice-presidente de futebol Roberto Frizzo e ao gerente de futebol César Sampaio na reapresentação do elenco nesta quarta-feira", escreveu o clube, em nota.

Na sequência do texto oficial sobre a despedida do jogador, o Palmeiras confirmou que haverá uma partida de despedida para o histórico goleiro, classificado pelo próprio clube como o "maior ídolo recente". Fora do amistoso contra o Ajax (Holanda), marcado para o próximo dia 14, Marcos ainda não sabe que dia fará sua última exibição pelo clube de Palestra Itália.

Marcos concederá entrevista na próxima semana para falar pela primeira vez como ex-jogador de futebol. O antigo goleiro do Palmeiras permanecerá afastado do clube por volta de dois meses, nos quais tirará férias. Depois deste período, o pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira resolverá que função assumirá dentro da equipe de Palestra Itália - ou na comissão técnica, ou na diretoria.

Exemplo de amor à camisa no futebol moderno

A carreira de Marcos pode ser classificada como uma das mais bonitas dos últimos anos. Mesmo consagrado e objeto de desejo de grandes clubes europeus durante a trajetória dentro dos gramados, o goleiro deu um raro exemplo de "amor à camisa" no futebol moderno. O camisa 12 permaneceu os quase 20 anos de vida futebolística na mesma instituição: a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Com a camisa alviverde, Marcos conquistou os maiores títulos da organização paulista. Campeão brasileiro nos anos de 1993 e 1994, o goleiro alcançou o auge da carreira. Em um espaço de apenas três meses, deixou o banco de reservas para se tornar um dos principais responsáveis pelo título inédito da Copa Libertadores da América de 1999, a maior glória obtida pelo Palmeiras até hoje.

Já tratado como ídolo, Marcos conquistou ainda mais a torcida na edição seguinte da competição sul-americana. Embora tenha passado por um péssimo momento de pressão, após falhar na decisão do Mundial de 1999 (não conseguiu interceptar um cruzamento de Ryan Giggs, que resultou no gol do título do Manchester United, marcado por Roy Keane), o goleiro se tornou símbolo da vitoriosa geração alviverde ao novamente impedir o arquirrival Corinthians de seguir no torneio.

Na semifinal, Marcos defendeu o pênalti cobrado por Marcelinho Carioca, principal ídolo corintiano na época, e classificou o Palmeiras à decisão da Libertadores de 2000 - competição na qual o time acabou como vice-campeão.

Ídolo consolidado dentro do clube, Marcos atingiu o Brasil inteiro em 2002. Goleiro de confiança do técnico Luiz Felipe Scolari, o representante palmeirense vestiu a camisa 1 da Seleção Brasileira e teve participação fundamental na conquista do pentacampeonato, especialmente na decisão contra a Alemanha.

As grandes atuações despertaram o interesse europeu. O Arsenal, depois de conhecer o goleiro palmeirense na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, buscou a contratação de Marcos. Entretanto, na contramão do futebol moderno de negócios, o jogador rejeitou a proposta e seguiu na instituição alviverde, apesar do rebaixamento à Série B do Brasileiro em 2003.

Marcos passou pela pior crise da história palmeirense sem ter o respeito adquirido durante o fim da década de 90. O jogador seguiu convivendo com lesões, alguns vexames (como a goleada de 7 a 2 para o Vitória, pela Copa do Brasil de 2003, no Palestra Itália) e grandes atuações. O último título conquistado pelo camisa 12 no único clube da carreira foi o Campeonato Paulista de 2008.

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