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Para Fabio Trad, greve federal é resultado de anos de abandono do funcionalismo

Para Fabio Trad, greve federal é resultado de anos de abandono do funcionalismo

24 agosto 2012 - 17h00
Midiamax


O movimento grevista do serviço público federal teve início em 17 de maio, com a paralisação das universidades públicas. Aos poucos, outras categorias aumentaram o coro por aumentos salariais e reestruturação de carreiras. Hoje, além de instituições do Poder Executivo, a paralisação atinge órgãos do Judiciário Federal e do Ministério Público da União e se tornou uma das maiores greves do funcionalismo público brasileiro. Estimativa da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) aponta que mais de 300 mil servidores estejam em greve no país.

Para o deputado federal Fabio Trad (PMDB – MS), a questão merece uma reflexão menos afoita. Segundo o parlamentar, as greves não são orquestradas e ocorrem em virtude de uma insatisfação crônica e que justifica redobrada atenção do governo e, principalmente da sociedade. “Defendo um Estado forte no valor eficiência: jamais no tamanho. Entretanto, a força de um Estado se efetiva com a consolidação de uma política permanente e gradativa de valorização de sua estrutura humana e material, o que implica remuneração digna e condições favoráveis de trabalho”.

Para o deputado sul-mato-grossense, as greves só estão ocorrendo porque durante anos as reivindicações dos servidores não foram atendidas. “De maneira que acusá-los de inconsequentes é, no mínimo, hipocrisia de quem adotou de forma irresponsável uma política de postergação dos seus pleitos”.

Como pano de fundo desta tensão, Fabio Trad argumenta que a degradação qualitativa dos serviços e carreiras públicas e de estado são sintomas da força devastadora dos mercados em economia globalizada “que gradativamente submetem a Política e o Estado-Nação aos seus caprichos”.

Reivindicações

As reivindicações se pautam basicamente pela reestruturação de carreiras, reajuste salarial linear de 22% para os órgãos do Executivo, reposição das perdas inflacionárias, valorização e melhoria das condições de trabalho, bem como a realização de concursos públicos. O Ministério do Planejamento calcula que, para atender todas as reivindicações dos servidores, seria necessário desembolsar cerca de 92 bilhões de reais, um acréscimo de 50% da atual folha de pagamento.

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