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Pesquisa aponta perfil de usuário de drogas nas comunidades virtuais

Pesquisa aponta perfil de usuário de drogas nas comunidades virtuais

11 janeiro 2012 - 16h43Por Max Press
Encomendado pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, levantamento revela as motivações para o início e para o fim do consumo de drogas entre jovens que navegam na Internet

A partir da análise criteriosa das comunidades virtuais, uma pesquisa feita para o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL) conseguiu acessar o universo que leva os jovens a procurarem na Internet informações sobre drogas. Da mesma forma, o levantamento, feito a partir de palavras-chaves como “maconha”, “cheiro”, “usuário” e outras, conseguiu identificar as comunidades relacionadas à busca pelo fim do vício.

A ideia da pesquisa nasceu de uma necessidade enfrentada no dia a dia, a partir da gestão que o Instituto faz de nove grupos de Estratégia de Saúde da Família (ESF) na região central de São Paulo, em áreas atendidas no centro da cidade de São Paulo, como bairros do Humaitá, da Bela Vista, do Cambuci e proximidades de Santa Cecília.

“Entender a forma como as pessoas estão se expressando com relação às drogas é importante para que possamos aprender a nos relacionar com elas”, destaca dr. Sérgio Zanetta, superintendente executivo do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL).

Na pesquisa, destacam-se vídeos no YouTube que mostram depoimentos de ex-viciados, apelos de pais por seus filhos em comunidades como Orkut e Facebook, bem como blogs mantidos por pessoas que buscam no relacionamento anônimo o apoio de que precisam para se manterem “limpos”.

Entre 6 e 8% da população necessita de atendimento regular devido aos transtornos causados pelas drogas e álcool, seja o usuário ou o co-dependente. Quem acolhe primeiramente essas pessoas são os serviços básicos, como o Programa Saúde da Família e as AMAs e UBSs.

Na opinião de Zanetta, que também é médico sanitarista, para o agente de saúde se relacionar com as famílias atendidas e ajudá-las a enfrentar esse problema de saúde pública, é importante abastecê-lo de informações sobre as principais formas que levam os jovens a se iniciarem nas drogas. “De posse de toda essa informação, o agente pode, por exemplo, levar informação sobre reforço de laços de família, que ajudam a diminuir a busca pela drogadição”, acrescenta.

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