terça, 16 de abril de 2024

Pais serão os primeiros a ser ouvidos no inquérito que apura a morte.

Criança foi soterrada na tarde de quarta e corpo foi encontrado nesta quinta.

30 dezembro 2011 - 09h54
G1 MS

A Polícia Civil começa a ouvir na segunda-feira (2), os depoimentos sobre a morte do menino Maikon Correa de Andrade, 9 anos, que morreu soterrado no lixão do bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande, nesta quarta-feira (28). Segundo o delegado responsável pelo caso, Jairo Carlos Mendes, da 5ª DP, as primeiras pessoas que serão ouvidas são os país da vítima.

O delegado diz que os dois já foram intimados, mas os depoimentos que ocorreriam nesta semana foram adiados em razão do estado emocional do pai e da mãe do menino. “Além deles, também vamos intimar todos aqueles que supostamente tenham alguma informação relevante para as investigações”, adianta.

Ainda segundo o delegado, a primeira etapa da investigação é esclarecer as causas do acidente e depois apurar as responsabilidades sobre o caso.

O acidente
O acidente no lixão ocorreu por volta das 16h30 de quarta-feira. Maikon estava no local com outras crianças para brincar, recolhendo garrafas, quando uma pilha de lixo caiu sobre eles. O Corpo de Bombeiros foi acionado pouco depois do acidente. Os socorristas tentaram cavar o local com pás, mas o lixo ameaçou ceder e o resgate teve que ser interrompido. Uma retroescavadeira foi levada ao local.

As buscas continuaram por toda a madrugada desta quinta-feira (29), sendo interrompidos no início do dia e pouco depois retomadas. O corpo da criança foi encontrado no começo da tarde.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Luiz Moreira, que comandava a equipe de busca quando o corpo foi localizado, durante o trabalho a unidade já não acreditava mais que encontraria o menino vivo.

“As chances do menino ser encontrado com vida era praticamente nula, então nosso objetivo era localizar o corpo, para que a família pudesse sepultá-lo e diminuir um pouco a sua dor”, explica.

O capitão lembrou que sem a máquina retroescavadeira as buscas poderiam demorar aproximadamente quatro dias. Moreira disse também que devido as condições do local, o processo de decomposição foi acelerado.

“Quando encontramos o menino ele tinha características de um cadáver de mais de 48 horas. Isso ocorre pelo fato do corpo ter ficado soterrado embaixo de mais de cinco metros de lixo, onde a temperatura é muito alta e a quantidade de bactérias é enorme. Então cria um ambiente onde a decomposição é acelerada”, finaliza.

“Quando encontramos o menino ele tinha características de um cadáver de mais de 48 horas. Isso ocorre pelo fato do corpo ter ficado soterrado embaixo de mais de cinco metros de lixo, onde a temperatura é muito alta e a quantidade de bactérias é enorme. Então cria um ambiente onde a decomposição é acelerada”, finaliza.

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