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Ajuda vem de onde menos se espera. Indivíduos humildes são mais propensos a oferecer ajuda do que as pessoas mais seguras de si

Ajuda vem de onde menos se espera. Indivíduos humildes são mais propensos a oferecer ajuda do que as pessoas mais seguras de si

10 janeiro 2012 - 15h30
IG


Embora fatores pessoais, como relacionamentos anteriores e sentimentos de empatia ou tensão, e influências externas, como quantas pessoas estão assistindo a cena, exerçam alguma influência na hora de oferecer ajuda, a humildade é o fator mais importante para fazer alguém se decidir a dar uma mãozinha para outra pessoa, de acordo com estudo publicado no Journal of Positive Psychology.

"Os resultados são surpreendentes porque em quase 30 anos de pesquisa sobre comportamento de ajuda, poucos estudos têm mostrado qualquer efeito de traços de personalidade no ato de ajudar", afirma o principal autor do estudo, Jordan LaBouff.

"Tirando a humildade, o único outro traço de personalidade que tem aparecido nos estudos é a afabilidade, mas descobrimos que a humildade parece ser mais eficiente", disse LaBouff, hoje professor de psicologia da University of Maine. À época da pesquisa LaBouff era aluno de doutorado na Baylor University.

"A pesquisa indica que a humildade é uma qualidade positiva, com benefícios em potencial", diz o co-autor do estudo, Wade Rowatt, professor associado de psicologia e neurociência no Baylor’s College of Arts & Sciences. "Embora vários fatores influenciem, parece que as pessoas humildes, em média, são mais úteis aos outros do que os indivíduos que são egoístas ou cheios de si."

Três etapas
Os pesquisadores realizaram três estudos separados envolvendo estudantes universitários. A primeira etapa consistiu em pedir aos alunos para relatar se eles se consideravam humildes. Aqueles que admitiam a característica geralmente relataram serem úteis aos demais também.

No segundo estudo, que usou uma forma de medir a humildade sem precisar confiar no julgamento dos próprios participantes, os alunos ouviram uma gravação sobre um outro estudante que foi impedido de assistir aula devido a uma lesão. Os estudantes humildes ofereceram mais tempo de ajuda para esse aluno do que os mais arrogantes.

Finalmente, na última etapa os alunos foram convidados a escolher os traços de personalidade que se aplicavam a eles o mais rápido possível. Mais uma vez, os alunos que se consideravam humildes eram mais propensos a oferecer mais tempo para ajudar um colega com necessidade - ainda mais quando a pressão exercida sobre o aluno para ajudar era baixa.

"Nossa descoberta é que a característica estudada da humildade prevê utilidade", disse Rowatt. "Os próximos passos serão no intuito de descobrir se a humildade pode ser cultivada e se ela é benéfica em outros contextos, tais como os avanços médicos e científicos ou de desenvolvimento de liderança”, completa.

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