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Prestes a fazer a sétima cirurgia, Kaic vive com os pais no HE

13 setembro 2012 - 14h40
Douradosagora


Desde o seu nascimento, há 7 meses, o pequeno Kaic tem se mostrado forte e resistente aos problemas de saúde. No limite, os pais da criança se apegam em Deus para ver o filho fora do hospital e finalmente poder levá-lo para casa, em Amambai.

Kaic tem síndrome de Arnold Chiari tipo 2, que acarreta a hidrocefalia e a mielomeningocele. Ele já passou por seis cirurgias e agora vai para a próxima. O problema é que o garoto está com uma infecção na ventriculite (cabeça) e precisa ser curado para passar por mais um processo cirúrgico.

O pequeno guerreiro, como é chamado, precisa trocar a atual válvula que está na cabeça, responsável pela drenagem do acúmulo de água no cérebro. Todas as outras, colocadas até agora, não deram certo. Devido ao intenso tratamento, os próprios medicamentos aplicados em Kaic já não fazem tanto efeito.

Em meio à dor e o sofrimento de ver o filho na cama do Hospital Evangélico, o pai Klayton Santos Lima, de 23 anos, não desgruda os olhos de Kaic. "É a razão da minha vida, não posso e nem consigo ficar longe dele", disse o auxiliar de serviços gerais. A mulher, Rosirene Vidal, também acompanha Kaic. Há quase um mês o endereço da família é o quarto 124, do HE.

O caso do pequeno Kaic ganhou repercussão nas redes sociais. O desabafo de Klayton comoveu muitas pessoas e nas últimas semanas a família ganhou amigos em Dourados. Algumas delas têm frequentado o quarto de kaic e levado palavras de conforto à família.

Como Klayton e Rosirene estão em Dourados, as dificuldades financeiras apertam a família. Depois de muito diálogo, Klayton conseguiu se manter empregado, mesmo não frequentando a empresa. Acontece que o salário de serviços gerais não tem sido suficiente.

As principais necessidades, segundo ele, são do filho. O menino usa fralda tamanho G e em breve passará para GG. Também são bem vindas doações de roupas infantis e leite (Nestogeno 2).

As contribuições podem ser entregues pessoalmente para a família, no quarto 124 do HE. Interessados também podem contribuir em dinheiro, na conta de Klayton: Banco do Brasil, Agência 0743-9, CC 22961-X.

Dilema
Desde que kaic nasceu, no dia 23 de janeiro de 2012, no Hospital Universitário de Dourados, Klayton e a esposa passaram apenas 49 dias em casa com o bebê, o resto foi internado no hospital, revezando entre Centro Cirúrgico, UTI e enfermaria. O pequeno guerreiro passou por seis cirurgias, uma na coluna e as outras na cabeça, para colocar e retirar as válvulas.

As primeiras válvulas colocadas foram doadas pelo SUS. Na justiça, a família brigou com o plano de saúde e conseguiu que o plano incluísse a válvula no procedimento. A próxima que será colocada é mais moderna. De acordo com Klayton custa R$ 32 mil.

O pequeno guerreiro vive no hospital devido a convulsões e paradas respiratórias. É necessário ter uma equipe médica, sempre por perto.

Durante os sete meses de vida de Kaic, a família chegou a ir para casa, retornando a Dourados cerca de seis, sete dias depois. "Os médicos informaram que Kaic poderá levar uma vida normal. É preciso que não haja rejeição na válvula e após isso, o nosso filho poderá ir para casa e receber estímulos com fisioterapia, hidroterapia", disse Klayton.

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