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21 julho 2016 - 13h31Por Fonte: douradosnews
A Polícia Federal (PF) conseguiu na 3ª Vara da Justiça Federal, em Campo Grande, que o ex-governador André Puccinelli (PMDB) tivesse bloqueado de suas contas, R$ 43.169.512,16. O valor também foi aplicado pela Justiça a outro investigado na Operação Lama Asfáltica, o empresário Mirched Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada.

De acordo com o Correio do Estado com base na Polícia Federal, o pedido foi feito como desdobramento da investigação da 2ª fase da Lama Asfáltica, que foi denominada Fazendas de Lama.

Os R$ 43 milhões que foram pedidos para bloqueio teriam sido desviados a partir de supostas compras suspeitas de material gráfico em contrato firmado entre o governo do Estado, na administração de Puccinelli, e a Gráfica Alvorada.

Nessa etapa da operação, agentes cumpriram 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens. A ação foi desencadeada no dia 10 de maio deste ano.

Um desses mandados foram cumpridos na casa do ex-governador, que foi acordado por policiais federais no apartamento onde vive, localizado em prédio no centro de Campo Grande.

O trabalho investigatório indicou que a Gráfica Alvorada funcionava como centro de propina e lavagem de dinheiro na administração de André Puccinelli no governo estadual. A Controladoria-Geral da União (CGU), agora denominada Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, indicou fraude em contrato de compra de livros paradidáticos que sequer foram usados.

Em quatro anos, a empresa recebeu R$ 29 milhões do Estado e monopolizou os contratos do setor gráfico. A investigação indicou que em 2014, 90,85% do material fornecido à administração estadual era da Alvorada, que tem como dono Mirched Jafar Junior.

Ainda conforme o jornal Correio do Estado, ao final da gestão de Puccinelli, a empresa recebeu R$ 16 milhões em dois contratos, um deles autorizado no dia 31 de dezembro de 2014, último dia da gestão do ex-governador investigado.

A Polícia Federal fez escutas telefônicas que corroboraram nesse trabalho. O ex-secretário adjunto de Fazenda, André Cance, aparece nessas interceptações conversando com Puccinelli e insinuando esquema de propina utilizando-se a Gráfica Alvorada.

Cance é investigado no inquérito, mas não teve pedido de bloqueio de bens solicitado à Justiça Federal.

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