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SOS Criança deve ser extinto até final do ano em MS

11 setembro 2011 - 09h21Por Correio do Estado
Crianças vítimas de maus tratos em Mato Grosso do Sul podem ficar sem o SOS Criança até o final deste ano. A previsão é de que o serviço, hoje regulado pela Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), seja extinto depois de quase 20 anos de atuação. Mas, muitas entidades como Conselhos Tutelares, Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e a Vara da Infância e Juventude de Campo Grande estão se mobilizando na tentativa de manter o trabalho do SOS Criança. A ideia é de que toda a demanda, cerca de 180 atendimentos mês, seja absorvido diretamente pelas delegacias das cidades do Estado.

“A Secretaria de Assistência Social entende que não é de sua alçada manter esse serviço que atua junto à delegacias de polícia que são vinculadas a Secretaria de Justiça e Segurança Pública”, disse a juíza da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Campo Grande, Katy Braun do Prado. Sobre a possibilidade de o serviço passar para as delegacias a titular da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, acredita que não vai dar certo.

“Não temos como absorver esse trabalho porque geraria uma morosidade no atendimento da delegacia. O serviço que o SOS faz é extremamente importante para nós, porque eles têm toda uma técnica para ouvir a criança vítima de violência. Quando o menor sofre maus tratos demora até quatro horas para relatar o que aconteceu e no SOS existem psicólogos e assistente social para fazer esse trabalho”, disse.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, informou que já tomou conhecimento da intenção de se extinguir o SOS Criança, mas que “por falta de tempo” não conseguiu se reunir com representantes da Setas para se inteirar do assunto e decidir que providências tomar. “Enquanto eu não falar com eles esse assunto não vai prosperar. Ainda depende da minha decisão”, salientou o secretário. Hoje alguns estados como, por exemplo Cuiabá, já extinguiram o serviço do SOS Criança passando os trabalhos para a responsabilidade do município.

A diretora do SOS Criança, Marli Tonete, preferiu não falar sobre o assunto. A secretária do Trabalho e Assistência Social, Tânia Garibi, foi contatada via telefone celular, mas não retornou as ligações.

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