Schwartsman inclui ainda o subsÃdio implÃcito nas transferências do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao BNDES, algo próximo de R$ 12 bilhões. "Ou seja, o Bolsa-Empresário equivale a pouco menos de dois Bolsa-FamÃlia", afirmou.
Ele e outros economistas lembram que, em 2008, quando explodiu a crise global, o Brasil tinha menos de US$ 210 bilhões em reservas, dinheiro que se mostrou suficiente para atravessar a grave turbulência.
Nos cálculos do economista e consultor Amir Khair, ex-secretário de Finanças do municÃpio de São Paulo, o PaÃs gasta hoje entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões por ano para manter e acumular as reservas.
"A gente não precisa desse nÃvel de reservas", disse Khair. Para ele, a polÃtica de compra de dólares pelo governo traz um efeito adicional: valoriza a moeda americana. "Na medida em que o PaÃs fica mais seguro aos olhos do investidor internacional, mais dinheiro atrai de fora, o que reforça a tendência de valorização do real." Apesar da piora da crise, o dólar ainda acumula perda de quase 4% ante o real. Sexta-feira (26), fechou a R$ 1,605.