terça, 23 de abril de 2024
POLÍTICA

MP que extingue Fundo Soberano é assinada por Temer

Objetivo do fundo era funcionar como uma 'poupança' para o Brasil em momentos de crise

22 maio 2018 - 11h40Por Da redação, com G1

O presidente Michel Temer assinou ontem (21), uma medida provisória (MP) para extinguir o Fundo Soberano do Brasil. A informação foi divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência e, segundo a assessoria de Temer, a MP foi publicada na edição de hoje (22), do "Diário Oficial da União".

Por se tratar de medida provisória, o ato de Temer entrará em vigor assim que for publicado, mas só se tornará uma lei em definitivo se o Congresso Nacional aprovar a MP, em até 120 dias.

Criado em 2008, o Fundo Soberano tinha como objetivo funcionar como uma "poupança" para o Brasil combater crises econômicas, mas, em maio de 2016, o governo anunciou a extinção do fundo e a utilização dos recursos para equilibrar as contas públicas.

Desde então, o Tesouro Nacional tem feito operações para resgatar as cotas que compõe o fundo, o que já soma R$ 26,5 bilhões. Esse dinheiro é transferido para a chamada conta única do Tesouro, mas fica reservado. Ainda restam cerca de R$ 500 milhões a serem resgatados.

Regra de ouro

Conforme matéria do G1, a extinção do Fundo Soberano visa garantir o cumprimento da chamada "regra de ouro das contas públicas", norma constitucional que impede que a emissão de dívida pública supere as despesas com investimentos.

O objetivo da regra, na prática, é impedir que o governo se endivide excessivamente para pagar apenas despesas correntes, como salários de servidores.

Mas, com o orçamento público cada vez mais comprometido com despesas obrigatórias e os seguidos déficits (despesas maiores do que receitas) dos últimos anos, o endividamento subiu e ameaça o cumprimento da regra, obrigando o governo a buscar soluções.

O governo calcula que precisa de mais de R$ 200 bilhões para cobrir o rombo da regra de ouro.

Além da extinção do Fundo Soberano, outras medidas serão adotadas, como o pagamento antecipado ao Tesouro Nacional de R$ 130 bilhões aportados, no passado, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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