O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que Mato Grosso do Sul tem aproximadamente 111 mil jovens com idade entre 15 e 29 anos na chamada geração “nem-nem”. Trata-se de pessoas que não estão ocupadas no mercado de trabalho, estudando ou se qualificando.
Esses dados fazem parte da Pnad Contínua, suplemento Educação, realizada em 2018, descrita como uma síntese de indicadores sociais com análise das condições de vida da população brasileira. Nela é sistematizada “um conjunto de informações sobre a realidade social do País, a partir de temas estruturais de grande relevância para a construção de um quadro abrangente sobre as condições de vida da população brasileira”.
No caso dos 111 mil jovens sul-mato-grossense fora da escola e do mercado de trabalho, o instituto aponta que esse grupo, que representa 18% da população do estado nessa faixa etária. Ressalva, porém, que o termo “nem-nem” tornou-se controverso “e, por isso, seu uso vem sendo evitado”.
Segundo o IBGE, naquele ano Mato Grosso do Sul apresentou a 4ª menor taxa de pessoas de 15 a 29 anos de idade que não trabalhavam e não estudavam. “Assim, houve uma redução em relação à 2017, cujo percentual era de 18,9%”, detalha.
O levantamento acrescenta que, com relação aos jovens que só estavam trabalhando e não estavam estudando, o estado tem o 3º maior percentual do país, com 39,9%. “Entre os estudantes que só estudavam, o percentual foi de 25,9%, e aqueles que estudavam e trabalhavam foi de 16,2%”, detalha.
No entanto, o Estado figura com a 3ª menor taxa de desocupação do país, evolução no comparativo com 2017, quando tinha a 6ª menor. “Na comparação por sexo, a taxa foi maior entre as mulheres (9,5%) do que a dos homens (6,7%); por cor ou raça, a taxa de desocupação entre pessoas pretas ou pardas foi de 8,9%, enquanto que das pessoas brancas foi de 6,6%”, acrescenta o IBGE.
