A pesquisa revela que ratas grávidas que receberam dieta com estrogênio sintético ou com gordura produziram gerações seguintes de filhas que parecem ser saudáveis, mas que possuem um risco maior que o normal para o câncer de mama.
Apesar de os resultados ainda não terem sido validados em seres humanos, o estudo mostra que os danos ambientais podem ser passadas de uma geração para a outra não através de mutações genéticas, mas por meio de alterações "epigenéticas" que influenciam a forma como a informação genômica é decodificada.
"Mostramos pela primeira vez que alterações no DNA causadas pela dieta são hereditárias e transgeracionais. Também identificamos locais chaves de alteração que podem estar envolvidos ou ser responsáveis pelo aumento do risco de câncer de mama, e que podem servir como biomarcadores para novas estratégias de prevenção da doença", afirma o líder da pesquisa Yue "Joseph" Wang.
Dois terços dos cânceres de mama que ocorrem em famílias não têm causa genética conhecida, de acordo com os pesquisadores.
O estudo sugere que a doença pode ocorrer devido à herança da ingestão materna de dietas ricas em gordura e exposição ao excesso de estrogênio durante a gravidez.
"O próximo passo será estudar o momento da intervenção e os impactos das alterações no DNA que ocorrem no início, meio ou no final da gravidez. A notícia promissora é que intervenções farmacológicas podem ser capazes de reverter a exposição prejudicial", conclui Wang.
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