sábado, 20 de abril de 2024
CAMPO GRANDE

Agressora de 9 anos confessa que bateu em colega a ‘mochiladas’ e puxões de cabelo

07 dezembro 2018 - 07h45Por Da redação

Uma mochila cheia de livros. Segundo a polícia, esse foi o objeto que provocou a morte de Gabriele Ximenes, de dez anos, depois de ser golpeada com ‘muchiladas’ pela colega, uma outra menina de nove anos. De acordo com o G1MS, as agressões tiveram início depois das duas brigarem e uma ofender a mãe da outra. 

Gabriele morreu na tarde de ontem (6/12), na Santa Casa, onde estava internada desde o dia da agressão. 

Ainda conforme o portal e as investigações, duas adolescentes de 14 anos teria incentivado a vítima a se defender. 

“A menina de nove anos e as adolescentes passaram à tarde na delegacia e foram ouvidas como testemunhas. A mais nova confirma que só ela agrediu com a mochila, sendo que as outras chegaram depois é só perguntavam se a vítima não ia se defender”, afirmou ao G1, a delegada Fernanda Félix, responsável pelas investigações.

Em depoimento a dupla afirma que “não encostaram um dedo sequer” na vítima e também não a conheciam anteriormente. 

“Elas dizem que nada fizeram, enquanto que a menina de nove anos falou que as duas começaram a xingar a mãe da outra”, explicou Félix.

Durante esta semana, ainda de acordo com a delegada, a menina foi todos os dias na escola, com exceção de ontem (6/12). 

“A família não havia registrado ocorrência e a informação que temos é que ela não tinha nenhuma lesão aparente. Ela passou por unidades de saúde e hoje é que o médico da Santa Casa optou por fazer uma cirurgia”, comentou.

O procedimento foi realizado no lado direito do quadril da menina, em razão do diagnóstico de uma artrite séptica. 

“Ela sofreu quatro paradas cardíacas e também foi identificada uma infecção generalizada, hoje pela manhã. Eu acompanhei a necrópsia e a criança sofreu tromboembolismo pulmonar”, disse a delegada.

Nesta semana, a polícia também pretende ouvir funcionários da escola onde a menina estudava e também pedirá informações oficiais para unidades de saúde da cidade.

“Pretendo questionar o diretor se a menina passou mal algumas vezes na escola, em situações anteriores, inclusive chamando o Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência] e encaminhando, possivelmente, ela para alguma unidade de saúde”, argumentou Félix.

O caso foi registrado como morte a esclarecer, na Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). A delegada explica que não foi imputado as três envolvidas nenhum ato infracional por conta da idade delas, o que não é penalmente não é possível. Nem aos pais.

Entenda

Gabrielle Ximenes, de dez anos, foi agredida na saída da escola no dia 29 de novembro. A discussão teria começado em sala de aula. A criança chegou a citar o nome desta colega para o pai.

Após alguns minutos, segundo a polícia, a menina teria chamado outras 2 garotas, de 14 anos, que também bateram na criança. O fato aconteceu a cerca de 100 metros do portão da escola estadual onde as meninas estudam.

Gabrielle foi levada para a Santa Casa pelo Samu, ficou em observação por 1 dia, e foi liberada. No dia 4 de novembro, ela disse para a família que sentia muitas dores, foi levada para unidades de saúde, dia 5 voltou para o hospital, passou por cirurgia e morreu.

 

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