quinta, 28 de março de 2024
NARCOTRÁFICO

Condenado a 59 anos por narcotráfico, chefão do PCC em MS perde aviões e 22 carros

21 agosto 2019 - 19h00Por MidiaMax

Foi condenado a 59 anos de prisão na última segunda-feira (19), pela 3º Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, Gerson Palermo, de 53 anos, que foi preso por agentes federais, em março de 2017 durante operação da PF (Polícia Federal), na Operação All In. A operação cumpriu 50 mandados em seis estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Minas Gerais e São Paulo.

Gerson era apontado como liderança dentro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e junto de outros membros da quadrilha fazia remessas de cocaína para vários lugares do país, principalmente São Paulo. As investigações descobriram que após negociações com narcotraficantes em território boliviano, a internalização da cocaína ocorria em duas etapas, sob direto controle da associação criminosa.

O chefe dom tráfico foi condenado a 59 anos e 9 meses de prisão, além de pagamento de R$ 5 mil dias/multa. Também foi decretado o perdimento dos bens de Gerson, três aviões e os 22 veículos, entre eles 14 caminhões, quatro imóveis e um aeródromo.

Em maio deste ano, a Justiça Federal do Estado negou o pedido de liberdade de Milton Motta Júnior, o ‘Boca’ da quadrilha de Gerson Palermo. Este figura como o 14º pedido de revogação de prisão de Milton, detido em 28 de março de 2017.

As etapas do tráfico

A primeira estapa se dava pela via aérea, a partir da contratação de pilotos e do uso do aeródromo de Ocorema, na cidade de Corumbá, próximo à fronteira com a Bolívia, de onde decolavam as aeronaves para efetuar o carregamento do entorpecente no exterior.

E a segunda na etapa eram utilizados caminhões e carretas para transportar e distribuir a droga pelo território nacional.

Patrimônio

Três aviões e 22 veículos, entre eles 14 caminhões foram comprados com o dinheiro do tráfico de drogas feito pela quadrilha. O patrimônio da quadrilha era de R$ 7 milhões e 500 mil. Durante as investigações três integrantes foram presos transportando mais de 800 quilos de cocaína vinda da Bolívia.

Operação All In

Palermo é conhecido por ter sequestrado um Boeing da Vasp em 2000, que estava com R$ 5 milhões no compartimento de cargas, e também por arquitetar a fuga considerada cinematográfica do seu genro, preso em Santos (SP).

Na ocasião, o narcotraficante planejou substituir o genro por um membro da quadrilha, que faria até mesmo as tatuagens do preso para assumir seu lugar na cadeia. Palermo pagaria R$ 100 mil, sendo R$ 70 mil para o substituto e R$ 30 mil para os policiais, para colocar o plano em prática. Mas foi descoberto pela Polícia Federal.

Ele foi preso em março de 2017 durante a Operação All In, da Polícia Federal, apontado como responsável pelo tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. 150 policiais participaram da operação.

Foram cumpridos 50 mandados em seis estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás. Foram 28 mandados de prisão cautelar, 25 mandados de busca e apreensão, e sete mandados de condução coercitiva.

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