sexta, 19 de abril de 2024
CAPITAL

Depósito com 1,7 tonelada de droga era entreposto do PCC

Um dos presos era ligado à facção que atua com tráfico na fronteira

08 junho 2018 - 15h30Por Da redação

O depósito com 1,7 tonelada de entorpecentes desmantelado ontem (7), pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Campo Grande, era entreposto da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo usou o imóvel localizado na Vila Albuquerque para armazenar carregamento adquirido na fronteira com o Paraguai, onde domina o tráfico de drogas e armas, com o objetivo de preparar o despacho para a região de Goiás, informou em reportagem o Correio do Estado.

Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, na sede do Choque, no Parque dos Poderes, o segundo-tenente Leonardo Luis Mense Rodrigues explicou que sete pessoas foram presas, entre elas Enilson de Souza Vieira, Elisom de Souza Vieira, Lúcio Peralta, Reginaldo Teixeira Bastos, William Santos Sales, José Carlos Malheiros Acosta e Luis Alberto Ferreira. Todos foram detidos a partir da ação no galpão localizado na Rua Monte Santo.

Foram apreendidos ainda dois automóveis Fiat Uno, uma picape Strada e um Hyundai Tucson, além de R$ 16 mil em espécie, duas armas de fogo, cartões bancários, balança, nove celulares e diversos documentos falsos. Elisom estava evadido do sistema prisional e, conforme apurado, seria o principal elo com a facção. "Os presos foram encaminhados à Delegacia de Atendimento Comunitário (Depac) a Vila Piratininga", disse Mense.

De acordo com o segundo-tenente, denúncia anônima informava ao Choque que dois automóveis Uno seriam batedores de grande quantidade de entorpecente na região da Vila Albuquerque. Por volta das 13h30, os militares avistaram um Uno cinza, ocupado por Elisom, parando em frente ao depósito e fazendo sinal para que a picape Strada entrasse no local. Diante da ação suspeita, a equipe iniciou abordagem.

Elisom, Reginaldo, Willian e Lúcio estavam no local e foram surpreendidos. No interior da picape havia 319,5 quilos de maconha. Na Tucson, que estava estacionada ao lado, havia mais 1.360,6 quilos de maconha. Em um dos cômodos do local foram encontrados mais 24,4 quilos da droga separada e pesada. Na casa de Elisom, que fica em frente ao galpão, havia um revólver calibre 38 com cinco munições, uma espingarda calibre 22 e mais R$ 15 mil escondidos em uma caixa de ferramentas.

Junto com Luis Alberto havia mais R$ 1.074. Enilson, identificado como batedor, foi preso em casa. Reginaldo assumiu a propriedade da maconha na Tucson e disse que tinha comprado a carga em Bela Vista, por R$ 150 o quilo. Ele também informou que o veículo era roubado e que tinha plano de entregar o material em Goiânia (GO). Elisom, por sua vez, disse que os 24,4 quilos que estavam no galpão eram seus e que iria revender na Capital por R$ 300 o quilo.

Em seguida, a equipe foi para uma residência no Rita Vieira, onde encontrou José Carlos. Ele inicialmente negou envolvimento nos fatos, porém, o aparelho de celular que portava estava registrado como produto de roubo, motivo pelo qual foi autuado em flagrante por receptação. A droga e os veículos foram levados para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico.

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