quinta, 25 de abril de 2024
OIKETICUS

Justiça condena mais dois policiais presos acusados de integrar a Máfia do Cigarro

14 dezembro 2018 - 15h45Por Da redação

Foram condenados pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul, mais dois policiais presos acusados de integrar a Máfia dos Cigarros. A sentença saiu ontem (13/12). 

Assim como os demais, os dois foram presos na Operação Oiketicus, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que investigou a Máfia do Cigarro. 

Até agora já foram condenados 12 policiais militares, entre eles três oficiais. Os próximos julgamentos estão agendados para os dias 17 e 18 da próxima semana.

De acordo com o Campo Grande News, o cabo da Polícia Militar Aparecido Cristiano Fialho foi condenado a 15 anos e 4 meses de reclusão pelo crime de organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Ele foi absolvido da acusação de violação de sigilo profissional. 

Já o policial Marcelo de Souza Lopes foi condenado pelos crimes de corrupção passiva em continuidade delitiva de 2015 a 2018 e organização criminosa. Os dois cumprem pena em regime fechado e não podem recorrer da sentença em liberdade.

Os praças Clayton de Azevedo e Claudomiro de Goez Souza foram absolvidos dos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Clayton também foi inocentado da acusação de concussão (quando servidor público exige vantagem indevida), segundo o site.

Em julgamento realizado no dia 6 deste mês foram condenados: Elvio Barbosa Romeiro (primeiro sargento), Valdson Gomes de Pinho (cabo), Ivan Edemilson Cabanhe (soldado), Lisberto Sebastião de Lima (soldado) e Erick dos Santos Ossuna (cabo) a 11 anos e quatro meses. Para Jhondnei Aguilera (primeiro sargento) e Angelúcio Recalde Paniagua (primiero sargento) a pena foi maior: 12 anos e três meses. Os crimes são corrupção passiva, previsto no artigo 308 do Código Penal Militar, e organização criminosa.

No dia 10, a Justiça Militar condenou os três oficiais da Polícia Militar, o tenente-coronel Admilson  Cristaldo, o tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva e o major Oscar Leite Ribeiro, que segundo o Gaeco era os líderes do esquema de corrupção da Máfia do Cigarro. 

Operação

Na primeira fase da Oiketicus, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante. 

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de então servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. No dia primeiro de novembro, a quarta etapa prendeu um tenente-coronel e um sargento.

 

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