terça, 23 de abril de 2024
POLÍCIA

Polícia deflagra operação contra plano de facção para executar servidores em MS

20 março 2019 - 09h30Por Luiz Guilherme

Acontece nesta quarta-feira (20/3), a Operação Impetus, desencadeada pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado). De acordo com as primeiras iformações da polícia, são cumpridos mandados no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande e na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) para desmontar central de inteligência do PCC (Primeiro Comando da Capital) que planejava executar 12 servidores da segurança pública no Estado. Policiais do Batalhão de Choque dão apoio à operação. 

De acordo com o Campo Grande News, cinco dos 20 alvos da ação já foram levados para prestar esclarecimentos na delegacia. Eles foram identificados como Augusto Macedo Ribeiro, o Abraão, Laudemir Costa dos Santos, o dentinho, Willyan Luiz de Figueiredo, o Daniel, Diego Duveza Lopes Nunes, o Pitbull, e Wantensir Sampatti Nazareth, o Inverno. O grupo, segundo a polícia, tinha a função de liderança e era responsável pela Central de Inteligência do PCC. Eles serão indiciados pelos crimes de ameaça e organização criminosa.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, a central de inteligência do grupo criminoso foi montada de forma compartimentada e reservada dentro da própria facção. Presos com funções de liderança criminosa recrutaram internos integrantes do PCC distribuídos entre os presídios fechado, aberto, semiaberto e alguns simpatizantes, repassando-lhes a missão, chamada de "salve do quadro" para que levantassem de forma sigilosa dados pessoais e profissionais de servidores de segurança pública para executá-los.

As investigações, que começaram há 4 meses, apontam que a central de inteligência do crime organizado fazia levantamentos de dados dos mais variados que levassem a identificação e localização exata do servidores. Os presos encarregados pela inteligência da facção faziam pesquisas em redes sociais, fontes oficiais, como cadastros de dados publicados em páginas oficiais do Estado e publicações funcionais em diários oficiais. 

Os integrantes, então, encarcerados repassavam de forma sigilosa e reservada os dados produzidos para os comparsas foragidos ou em liberdade condicional a missão de continuar com os levantamentos de campo e acompanhar a rotina dos alvos tratados pela facção como “opressores da irmandade” e dos familiares deles.

Ação criminosa semelhante desarticulada pela Deco nesta manhã havia sido instalada em outros Estados, resultando na execução e morte de três servidores de presídios federais.

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