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Polícia desvenda furto e fecha boca de fumo em Amambai

28 julho 2011 - 09h40Por Fonte: Midiamax com A Gazeta News
Na quarta-feira (27), a polícia civil de Amambai fechou uma boca de fumo ao prender um acusado de furto. O foragido do semiaberto furtou uma furadeira, uma lixadeira e fios de extensão de uma oficina onde estava trabalhando.

Juliano Pereira, de 25 anos, que havia sido contratado para trabalhar na oficina mecânica fazia pouco mais de um mês. Ao ser detido, Juliano, que fugiu do presídio durante cumprimento de pena por assalto a mão armada e tinha mandado de prisão em aberto na Comarca de Amambai por conta da fuga, confessou ter praticado o furto em seu local de trabalho e disse ter entregado os objetos furtados em uma “boca-de-fumo”, que funcionava em uma residência na região da Vila Jardim Panorama, em Amambai.

De acordo com a equipe de investigação, o ponto de venda de drogas onde o material furtado foi entregue, a “Boca da Rose”, como era chamado entre os usuários de entorpecente, que até dias atrás funcionava em uma residência no Conjunto Habitacional Guaicurus, já vinha sendo monitorado pela Polícia Civil fazia algum tempo.

Diante da notícia de que os objetos furtados da oficina mecânica haviam sido entregues na residência, os investigadores se deslocaram até a casa no Jardim Panorama, onde foram recebidos pela própria Rose, cujo nome real é Rosimari Marques Alcindo, de 27 anos.

Ao ser indagada, Rose teria relatado aos policiais que estaria parando naquela localidade, mas a residência na realidade seria de Jozival dos Santos, de 34 anos, o “Carlos Paraguaio”, como é mais conhecido.

Franqueada a entrada no imóvel, os policiais passaram a realizar uma vistoria geral na casa e acabaram localizando, além dos objetos furtados da oficina por Juliano Pereira e entregues na suposta boca-de-fumo, porções da droga conhecida como “crack”, parte já embaladas e, segundo a Polícia Civil, prontas para serem repassadas aos usuários e mais pelo menos 265 gramas de crack em pedra, que segundo a polícia, ainda seria fracionada em porções para serem comercializadas.

Segundo a polícia essa quantidade, 265 gramas de crack em pedra, daria para montar aproximadamente 500 porções da droga. “Peteca” era vendida por R$ 10 reais

Segundo a Polícia Civil, ao ser preso, além de confessar o furto, Juliano Pereira teria afirmado que havia entregado os produtos furtados, juntos avaliados em R$ 1.500 reais, em mãos para Carlos Paraguaio e recebido as porções de crack das mãos de Rose.

Segundo a polícia durante entrevista com Juliano, que inclusive já teria penhorado seu celular e uma bicicleta de sua propriedade na “Boca da Rose” para adquirir drogas, ele teria afirmado que o casal vendia cada porção de crack, também conhecida entre os usuários como “peteca”, por R$ 10 reais.

A Polícia Civil de Amambai prendeu Rosimari Alcindo e o foragido, Juliano Pereira e agora está à procura de Jozival dos Santos, o “Carlos Paraguaio”, que segundo a polícia, teria fugido ao perceber a ação policial.

Os dois presos na operação policial foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Amambai e cinco crianças que estavam na casa onde funcionava a suposta boca-de-fumo na hora da abordagem, parte delas filhas da própria Rosimari e parte filhas de uma irmã de Rose, menor de idade, que estaria internada em um centro de recuperação para tratamento contra dependência química, foram repassadas aos cuidados do Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Amambai.

Segundo o delegado responsável pela equipe que trabalhou nas investigações do caso, Dr. André Luiz Godoy, adjunto da Delegacia de Polícia Civil de Amambai, por conta de toda a linha de investigação que já vinha sendo desencadeada e diante de toda a materialidade levantada durante a operação dessa quarta-feira, Rosimari Alcindo, que é apontada pela polícia como uma das maiores distribuidoras de crack até então em ação na cidade em Amambai, foi autuada em flagrante por tráfico de drogas, crime que em caso de condenação, acarreta em uma pena que varia de 5 a 15 anos de prisão.

Em relação ao detento foragido, Juliano Pereira, apesar do crime de furto ser afiançável pela nova lei que entrou em vigor nesse mês, ele permanecerá preso por conta do mandado de prisão que já pesava em desfavor de sua pessoa na Comarca local e o delegado também deverá representar pela prisão preventiva no caso do furto ocorrido na oficina, já que ele foi indiciado em inquérito por furto qualificado.

Em relação ao outro envolvido no “esquema”, Carlos Paraguaio, Dr. André Godoy informou que diante das provas levantadas pela investigação, representará ainda essa semana, por sua prisão preventiva junto a Justiça pelo crime de tráfico de drogas.

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